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Trump sinaliza possível acordo sobre garantias de segurança para a Ucrânia após reunião com Zelensky

A proposta está sendo acompanhada de perto por países europeus e por organismos multilaterais, que buscam garantir a estabilidade da região e evitar a escalada das hostilidades entre Rússia e Ucrânia

Por Lane Gois 18/08/2025 18h06
Trump sinaliza possível acordo sobre garantias de segurança para a Ucrânia após reunião com Zelensky
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Foto: Christopher Furlong / POOL / AFP

O ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato à presidência, Donald Trump, sinalizou nesta segunda-feira (18),  que um acordo sobre garantias de segurança para a Ucrânia pode ser alcançado ainda hoje. A declaração foi feita durante uma reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus.

"Creio que hoje chegaremos a uma resolução sobre quase tudo, incluindo provavelmente a segurança", afirmou Trump, ao lado de Zelensky, demonstrando otimismo quanto ao avanço das negociações. O encontro ocorre em meio a um contexto delicado da guerra entre Ucrânia e Rússia e de pressões internacionais por uma solução diplomática para o conflito.

Durante suas declarações, Trump também sugeriu que acredita em um possível entendimento direto entre Kiev e Moscou. “Tenho a sensação de que você e o presidente Putin vão chegar a um acordo. Em última análise, esta é uma decisão que só pode ser tomada pelo presidente Zelensky e pelo povo da Ucrânia, trabalhando também em acordo com o presidente Putin. E eu acho que coisas muito boas vão sair disso”, disse.

Analistas apontam que as garantias de segurança em discussão podem representar um meio-termo: proteger a Ucrânia contra ameaças externas sem, no entanto, conceder a adesão formal do país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) — uma linha vermelha imposta pelo Kremlin desde o início do conflito.

O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, já havia descrito essas garantias como “proteções semelhantes ao Artigo 5” da Otan — cláusula que prevê a defesa coletiva entre os países-membros. Segundo Witkoff, o modelo em debate poderia oferecer à Ucrânia salvaguardas militares robustas, mesmo sem o ingresso oficial na aliança.

A proposta está sendo acompanhada de perto por países europeus e por organismos multilaterais, que buscam garantir a estabilidade da região e evitar a escalada das hostilidades entre Rússia e Ucrânia.



*Estagiário sob supervisão