MPF, MP e DPU pedem decisão urgente sobre o Bom Parto antes de ação contra Braskem
Petição aponta necessidade de avanço na tramitação processual, superação de entraves e definição das questões controvertidas
O Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL) e a Defensoria Pública da União (DPU) apresentaram nova manifestação à Justiça Federal solicitando, em caráter prioritário, a apreciação do pedido de tutela de evidência referente à área AT06-B, no bairro Bom Parto, em Maceió. A região, considerada a mais crítica do Mapa de Ações Prioritárias – Versão 5, elaborado pela Defesa Civil em 2023, seja em razão da vulnerabilidade social, seja em razão das evidências nos imóveis quanto à subsidência do solo provocada pela exploração de sal-gema pela Braskem.
As instituições ressaltam que a inspeção judicial já realizada confirmou a gravidade da situação enfrentada pelos moradores. Diante disso, reforçam que não é possível aguardar o julgamento final da ação civil pública para garantir a proteção de direitos dos atingidos.
No mesmo documento, MPF, MP/AL e DPU também requerem que sejam delimitados, de forma clara e objetiva, os poderes do amicus curiae admitido no processo, por força de determinação legal. Destaca-se a importância de proteger o devido processo legal e assegurar a celeridade processual para que o processo avance em direção ao julgamento em benefício das vítimas.
Por fim, as instituições solicitam que a Justiça fixe as questões controvertidas da demanda, medida que orientará a produção da prova documental suplementar requerida pela Braskem em razão da inversão do ônus da prova determinada pelo TRF da 5ª Região.
Inspeção – Atendendo a pedido das instituições, em 22 de julho foi realizada uma inspeção judicial na área AT06-B, no Bom Parto. Durante a visita, o Poder Judiciário pôde constatar, presencialmente, a alta vulnerabilidade dos imóveis e a gravidade da situação enfrentada pelos moradores. Para MPF, MP/AL e DPU, a inspeção reforça os laudos técnicos já apresentados e confirma a urgência de uma decisão judicial que assegure proteção imediata à população local.
A ação civil pública, ajuizada em novembro de 2023, busca responsabilizar a Braskem e defendem a extensão dos efeitos do Segundo Termo Aditivo ao acordo de 2019 a todos os imóveis incluídos na quinta versão do Mapa de Ações Prioritárias, garantindo aos atingidos do Bom Parto o mesmo direito à reparação e à realocação assegurado a outras regiões. No entanto, a gravidade da situação dos imóveis de certas áreas do bairro Bom Parto levaram as instituições a buscarem a antecipação da decisão judicial para esses moradores.
Últimas notícias
Sine Alagoas anuncia 3.594 vagas de emprego na semana do Natal
Motociclista embriagado fica ferido após colidir com bicicleta em Arapiraca
Incêndio em vegetação é contido pelo Corpo de Bombeiros em Limoeiro de Anadia
Dino barra trecho de projeto de lei que libera emendas do orçamento secreto
Passaporte diplomático de Eduardo Bolsonaro é anulado após perda de mandato
Confira a programação dos desfiles do Natal de Todos Nós
Vídeos e noticias mais lidas
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Policial Militar é preso após invadir motel e executar enfermeiro em Arapiraca
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
Alagoas registrou aumento no número de homicídios, aponta Governo Federal
