Espetáculo 'Cadáveres' estreia nova temporada neste sábado (13), em Maceió
A montagem dirigida por Neto Portela retorna reformulada em setembro no Theatro Homerinho, com ingressos a preços populares

A peça teatral “Cadáveres”, criada a partir de um processo colaborativo durante a pandemia, retorna aos palcos em nova temporada neste sábado (13), às 19h, no Theatro Homerinho, no bairro de Jaraguá, em Maceió. A obra, que estreou em maio de 2023, chega reformulada no elenco, no processo criativo e na dramaturgia, mantendo a direção de Neto Portela, que também divide o palco com os atores Maria Eduarda Rocha e Thales Gois.
Parte dos ingressos será distribuída gratuitamente para estudantes de escolas públicas, e os demais estarão disponíveis a preços acessíveis a partir de R$ 10,00. As entradas podem ser adquiridas pela plataforma Sympla por meio do link: https://www.sympla.com.br/even... projeto foi realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Governo Federal, através do Ministério da Cultura (Minc), operacionalizado pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult).
UMA CRÍTICA SOCIAL EM CENA
Ambientada em uma cidadela fictícia, mas inquietantemente familiar, a peça “Cadáveres” mergulha nos bastidores de uma sociedade dominada pela desinformação, pelo negacionismo e pela manipulação política e midiática. A trama acompanha Darci (Maria Eduarda), mulher desempregada que aceita trabalhar para Átila Eduardo (Neto Portela), figura simbólica do poder autoritário e conservador. Nesse cenário, o público é deslocado de sua posição convencional e assume o papel de Mariel, tornando-se observador e interlocutor direto da narrativa — uma estratégia que desafia a passividade da plateia e a transforma em testemunha e cúmplice da tragédia coletiva.
No centro da história está Antena (Thales Góis), jornalista oportunista que molda seu discurso conforme a audiência. De defensor do negacionismo a explorador da dor popular como espetáculo, o personagem expõe a perversidade de um sistema que transforma cadáveres em cliques, sofrimento em lucro e verdade em mercadoria.
INFLUÊNCIAS E LINGUAGEM ESTÉTICA
Inspirada nos processos estéticos de Bertolt Brecht e no Teatro do Absurdo, a obra rompe com a ilusão cênica tradicional, adotando recursos de distanciamento, ironia e grotesco. O espetáculo lança mão de estratégias como a quebra da quarta parede e a alternância entre a crueza documental e o absurdo trágico da realidade brasileira. Os personagens representam arquétipos sociais, condensando forças ideológicas, econômicas e morais.
Mais do que teatro, “Cadáveres” se coloca como um manifesto político e poético, evocando a memória das vítimas da pandemia, da fome, do abandono estatal e da violência social. Como afirma sua dramaturgia: “Pelos nossos mortos, nenhum minuto de silêncio, uma vida inteira de luta”.
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