Homenagem a Douglas Apratto marca abertura da Bienal do Livro 2025 no estande da Eduneal
Um tributo à memória viva de Alagoas e à força transformadora da palavra
A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas começou na sexta-feira, 31 de outubro, com emoção e reverência no estande da Eduneal. A Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) homenageou o professor e historiador Douglas Apratto Tenório, reconhecido por sua contribuição à cultura, à história e ao pensamento intelectual de Alagoas.
Aos 80 anos, Douglas carrega uma trajetória marcada por mais de cinco décadas de produção acadêmica e literária. Autor de 36 obras, tornou-se referência para quem busca compreender a formação social, política e cultural do estado. Entre seus títulos mais conhecidos estão A Tragédia do Populismo, Metamorfose das Oligarquias, A Imprensa Alagoana no Ocaso do Império, A História do País dos Alagoanos e A Mulher e as Vilas Operárias no Ciclo do Algodão

Parte dessas obras foi reeditada e teve sessão de autógrafos durante a abertura do evento. Em reconhecimento à sua contribuição intelectual, Douglas recebeu, em 2015, o título de Doutor Honoris Causa concedido pela Uneal.
Douglas falou sobre o significado de receber a homenagem. “Estar aqui é mais do que um reconhecimento, é um reencontro com a própria história. A beleza do estande da Eduneal me encantou. Ele reflete o espírito da Bienal, esse elo entre Brasil e África, e mostra que a literatura continua sendo um território de resistência e de amor à cultura".
O reitor Odilon Máximo ressaltou o valor simbólico da homenagem. “Douglas é um mestre que ultrapassa o tempo. Sua obra educa, provoca e inspira. A Uneal o celebra por tudo o que ele representa para Alagoas e para a educação pública, como pensador e como exemplo de integridade intelectual".
Entre os presentes, estava a professora e pedagoga Cláudia Medeiros, esposa de Douglas, que também lança pela Eduneal o livro Intencionalidade Pedagógica: os fios tecidos no processo formativo. “Esse livro nasceu de uma prática cotidiana e de um sonho iniciado em 2017. É fruto de um trabalho de pesquisa que busca transformar a sala de aula num espaço vivo, onde o conhecimento faz sentido. Poder lançá-lo nesta Bienal, ao lado de Douglas, tem um valor duplo. Ele é um homem brilhante, de futuro, que fala do passado sem se prender a ele. Tem um coração de menino e uma mente inquieta, e essa homenagem é um gesto justo, porque Douglas é a própria tradução da cultura em movimento".

O desembargador Orlando Rocha, amigo de longa data, também fez questão de prestigiar o momento. “É uma alegria imensa ver o reconhecimento a um educador de raiz como Douglas Apratto. Nós nos conhecemos ainda jovens, e sempre partilhamos o amor pela educação. Este é um dia de felicidade e justiça para quem dedicou a vida à cultura e à formação das novas gerações".
O diretor da Eduneal, Renildo Ribeiro-de-Siqueira, expressou o sentimento de conclusão de um ciclo. “A sensação é de gratidão e de dever cumprido. Este projeto editorial encerra uma gestão marcada por parcerias e grandes obras. Só nesta Bienal, a Eduneal lança 76 livros, sendo 59 físicos e 17 digitais, com o que há de mais relevante na produção intelectual de Alagoas".
Com o tema que conecta Brasil e África em seus ritos e raízes, o estande da Eduneal se destacou pela beleza e pela força simbólica. Entre livros, vozes e afetos, a homenagem a Douglas Apratto abriu a Bienal com a intensidade de quem entende que a cultura não se repete, ela se reinventa.
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