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EUA declara quatro grupos antifascistas europeus como terroristas

Saiba quais grupos da Antifa foram incluídos na lista de terroristas globais pelos EUA e entenda os impactos da decisão do governo Trump

Por Metrópoles 13/11/2025 21h09
EUA declara quatro grupos antifascistas europeus como terroristas
A designação passa a valer oficialmente a partir de 20 de novembro de 2025 - Foto: Reprodução

O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta-feira (13/11), a designação de quatro grupos europeus autodenominados antifascistas como Organizações Terroristas Estrangeiras (FTOs). A medida, assinada pelo secretário de Estado Marco Rubio, marca um novo capítulo na “política antiterrorista” do governo Donald Trump, que amplia o foco contra movimentos de esquerda e anarquistas.

Segundo o comunicado oficial, os grupos afetados são o Antifa Ost (Alemanha), a Federação Anarquista Informal/Frente Revolucionária Internacional (FAI/FRI) (Itália) e as organizações gregas Justiça Proletária Armada e Autodefesa Revolucionária de Classe.

A designação passa a valer oficialmente a partir de 20 de novembro de 2025.

Em nota publicada nas redes sociais, Rubio afirmou que “os Estados Unidos continuarão utilizando todos os recursos disponíveis para proteger nossa nação desses grupos terroristas antiamericanos, anticapitalistas e anticristãos”. O comunicado descreve os movimentos como parte de uma “campanha global de violência política da Antifa”.

Segundo o Departamento de Estado, os quatro grupos foram responsabilizados por ataques com explosivos, atentados contra forças de segurança e ações de vandalismo motivadas por ideologias anarquistas e anticapitalistas.

A FAI/FRI, por exemplo, reivindica há duas décadas ataques a instituições políticas e econômicas na Europa. Já o Antifa Ost é acusado de realizar agressões e destruição de propriedades em Berlim e Budapeste entre 2018 e 2023.

Com a nova designação, todos os bens e ativos financeiros das organizações — e de quaisquer pessoas ligadas a elas — serão bloqueados nos Estados Unidos. Além disso, empresas e cidadãos norte-americanos ficam proibidos de realizar transações ou prestar apoio material aos grupos, sob pena de sanções criminais e financeiras.