PDT suspende atividades partidárias de deputados que apoiaram reforma da Previdência
Partido abriu processo para decidir que tipo de punição aplicará aos deputados

O PDT decidiu nesta quarta-feira (17) abrir processo para decidir a punição aos oito deputados da sigla que contrariaram determinação partidária e votaram a favor da reforma da Previdência. O partido decidiu também que até o fim do processo os deputados ficarão suspensos de suas atividades partidárias.
De acordo com o presidente do PDT, Carlos Lupi, a suspensão significa que os parlamentares não poderão representar o partido nas direções estaduais e nacional, no Congresso, e também não poderão usar a legenda do PDT. O partido ainda vai decidir se eles poderão ocupar vagas em comissões na Câmara.
O processo para apurar a conduta dos deputados deve durar de 45 a 60 dias. Umas das punições possíveis é a expulsão do partido, mas os parlamentares também podem sofrer sanções mais brandas, como uma advertência.
Os deputados do PDT que foram temporariamente suspensos são:
Alex Santana (BA)
Flávio Nogueira (PI)
Gil Cutrim (MA)
Jesus Sérgio (AC)
Marlon Santos (RS)
Silvia Cristina (RO)
Subtenente Gonzaga (MG)
Tabata Amaral (SP).
Segundo o estatuto do PDT, a pena de expulsão pode ser aplicada a filiados no caso de desrespeito à legítima deliberação ou diretriz adotada pelo partido. Em março, o PDT fechou questão contra a reforma da Previdência.
Lupi disse que, caso os deputados "evoluam" e voltem atrás na votação do segundo turno da reforma, prevista para agosto, o partido poderá levar em consideração a mudança de postura.
“Como o processo não está esgotado, tem o segundo turno, e nós acreditamos que o ser humano é o único ser vivo capaz de evoluir, quem sabe alguns evoluem, ouçam o que está se fazendo de maldade com a base da sociedade que ganha até R$ 3 mil, R$ 2,5 mil, voltem atrás e voltem para o partido. É claro que a situação de qualquer um dos oito que voltar atrás nessa posição equivocada inicialmente será considerada como uma forte opção pelo partido”, afirmou o presidente do PDT.
Na segunda-feira (15), o PSB também decidiu abrir processo para definir a situação dos deputados da sigla que, contrariando determinação partidária, votaram a favor da reforma da Previdência.
Candidaturas ligadas a grupos
Além de abrir o processo disciplinar e suspender as atividades de representação dos parlamentares até a definição sobre qual punição será aplicada, o PDT decidiu não aceitar nas próximas eleições candidaturas que tenham como patrocínio grupos particulares, como o Renova BR, do qual faz parte a deputada Tabata Amaral.
De acordo com Lupi, tratam-se de “grupos clandestinos” que querem substituir os partidos.
“Tem 37 partidos. Se organizem como um partido. Desacreditando, fazendo o que quiser. Faça um partido. É tão simples fazer. Tem 37. Filie-se a um partido, faça um partido e divulgue as suas ideias. Agora, a gente assistir a uma nota de grupo dizendo como parlamentar do PDT deve votar é um acinte à democracia e às instituições partidárias, e que nós não aceitamos mais. Nem sequer daremos legenda. Essa foi a decisão tomada”, declarou.
“O partido não dará legenda, nem a vereador, nem a deputado, nem a nenhum filiado do partido que tenha financiamento clandestino, financiamento patrocinado por organizações pessoais, privadas, particulares, de gente muito poderosa, que se utiliza de grupos para financiar e ter o voto de parlamentares dentro da sigla do PDT”, concluiu Lupi.
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