Portões do Enem fecham, e estudantes começam a fazer a prova às 13h30
Os portões do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foram fechados às 13h deste domingo (3) para a realização da primeira etapa do exame, que tem uma previsão de receber mais de 5 milhões de candidatos em todo o Brasil.
Esta será a primeira edição do exame realizada sob o governo de Jair Bolsonaro (PSL). Dias após ganhar a eleição de 2018, o presidente criticou uma das questões do exame, que mencionava um dialeto usado por gays e travestis, e afirmou que sua gestão iria "tomar conhecimento da prova" antes da aplicação.
Em março, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), responsável pelo exame, nomeou uma comissão para fazer uma análise ideológica das questões. O resultado não veio a público.
De modo geral, professores têm apostado que, se houver mudança, será na ausência de alguns temas. Eles recomendam, no entanto, que os alunos não mudem sua atitude diante da prova.
"É a primeira vez que comento Enem em que, em vez de pensar no que vai cair, penso no que não vai", diz Giba Alvarez, diretor do Cursinho da Poli. Ele acha possível que a triagem feita pela comissão do Inep tenha retirado questões sobre temas como direitos LGBT+ e feminismo.
Como esses assuntos apareciam nos textos de base das perguntas, e não eram o objeto em si das questões, para o candidato não muda muita coisa, diz Claudio Pinheiro, coordenador de processos de avaliação acadêmica do Colégio Bandeirantes.
"O exame avalia competências, não os temas dos textos das questões." Tomando-se como exemplo a questão sobre o dialeto gay, ela não exigia conhecimento sobre o assunto em si, mas sim sobre linguagem e interpretação de texto.
Também é importante lembrar que a Matriz de Referência do Enem não mudou, ou seja, a prova deve exigir as mesmas competências que exigia antes.
Um dos locais tradicionais de realização da prova do Enem em São Paulo, o prédio da Uninove da Barra Funda, na zona oeste já tinha uma aglomeração de pessoas em frente ao portão principal, por volta das 10h40 da manhã deste domingo (3).
O portão da Uninove abriu às 11h51. Um problema nos relógios digitais da cidade, entretanto, adiantou o horário nos totens, inclusive naquele que fica em frente ao campus, na Avenida Doutor Adolpho Pinto.
Funcionários da universidade colocaram folhas de sulfite sobre o relógio digital da prefeitura que fica em frente ao prédio. O prédio é um dos tradicionais locais de prova do Enem.
À Folha, um dos funcionários que ajudava a tapar o equipamento disse que a faculdade entrou em contato com o governo municipal para avisar do erro no horário, mas que, devido a demora no ajuste, a Uninove preferiu agir. O relógio estava adiantado em 1h.
Apesar disso, a reportagem não encontrou candidatos que tenham chegado mais cedo devido ao erro, que também afetou celulares que utilizam o sistema operacional Android.
Além dos funcionários de outras faculdades particulares, como a Anhanguera e a FMU, grupos de apoio aos estudantes também lotavam a calçada da bifurcação da avenida com a rua Tagipuru.
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