Vacina da Fiocruz contra covid-19 entra na fase de testes em animais
Estudo conduzido pelo Bio-Manguinhos aposta em pequenas partes de proteínas do novo coronavírus capazes de induzir a produção de anticorpos
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), por meio do Bio-Manguinhos (Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos), trabalha no desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2).
Segundo a instituição, os estudos estão ainda em "fase pré-clínica", momento em que são analisados aspectos de segurança por meio de testes laboratoriais e em animais.
A vacina experimental contém "pequenas partes de proteínas do vírus Sar-Cov-2 capazes de induzir a produção de anticorpos específicos no processo de defesa do organismo." O instituto responsável por conduzir as pesquisas afirma que essas biomoléculas foram idenfificadas por meio de modelo computacional e reproduzidas em laboratório (in vitro).
Na próxima fase, de acordo com a Fiocruz, serão realizadas "formulações vacinais" para avaliação. "A partir dos resultados dos estudos pré-clínicos, parte-se para a fase dos estudos clínicos de fases I, II e III (testes com seres humanos)", explica a fundação por meio de nota.
O projeto, no entanto, só deve entrar em processo de registro a partir de 2022. Nesse momento, quando a pesquisa alcança essa etapa, os resultados dos estudos clínicos são apresentados à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que vai avalizar os dados e, a partir daí, decidir se autoriza ou não a inclusão do produto no mercado.