Educação profissional transforma vida de diarista no Passo de Camaragibe
Carliane Nadir, 31, conta que não tinha perspectiva de futuro

Carliane Nadir, de 31 anos de idade, é natural do Passo de Camaragibe, município alagoano situado na região da Rota Ecológica dos Milagres, um atrativo turístico com aproximadamente 40 km de praias paradisíacas e pouco exploradas no litoral Norte de Alagoas. Em meio a esse cenário com grande potencial, Carliane se via perdida, sem perspectiva, trabalhando como diarista em casas de família e auxiliando na cozinha de pousadas da região. Muito curiosa, sempre gostou de aprender novas receitas e, incentivada pelos colegas de trabalho, participou de um treinamento sobre práticas de manipulação de alimentos no Senac, o que fez com que a visão dela se abrisse para as oportunidades.
Nadir participou da seleção para o Hotel Cambará, onde iniciou como auxiliar de cozinha. “Costumo dizer que a Carliane era um diamante bruto, uma pessoa cheia de talentos, mas desmotivada. Com a ajuda do Senac, promovemos cursos e palestras, o que a fez enxergar diversas possibilidades. Atualmente, ela é nossa cozinheira e assume uma função de liderança na nossa cozinha”, comemora Emerson Aciolli, gerente operacional do hotel.
Emerson Aciolli ainda disse: “O crescimento de qualquer empresa é resultado do investimento nos colaboradores, estes que se tornam multiplicadores de boas práticas e passam a ser incentivadores dessa busca constante por qualificação e aperfeiçoamento. Ao final, todos ganham: o colaborador, a empresa e, em especial, os clientes”, destaca o gerente.
No Senac, Carliane também fez os cursos de Cozinha Básica e Preparo de Pães Tradicionais. “Apesar de já saber cozinhar, eu não tinha a técnica. Lembro que, ao final dos cursos, acumulei tanto conhecimento que tinha prazer em passar para meus colegas, ensinando-os como limpar o camarão da maneira correta, como cortar um filé, valores, pesagem, armazenamento… Os cursos foram a base de tudo o que sei hoje”, conta ela, ao se emocionar com a lembrança da preparação do primeiro panetone. “Meu sonho era aprender a fazer panetone porque, na minha cabeça, era uma receita tão difícil que eu seria incapaz de fazer. Durante a aula, quando vi aquele panetone pronto, fique tão emocionada…. Era como se tivesse ganhado na loteria”, relembra.
Hoje, mãe de 4 filhos, a cozinheira agradece pelas oportunidades e fala sobre sonhos e sacrifícios. “Para fazer os cursos, na época, precisava viajar todos os dias, voltando para a cidade de madrugada, indo trabalhar sem dormir, deixando meus filhos pequenos sob os cuidados de outras pessoas. Mas eu tinha um sonho e ele era maior que qualquer sacrifício. Hoje, me sinto cada vez mais motivada a buscar mais, e incentivo meus filhos a seguir meus passos”, conta ela, que sonha em fazer a graduação em Gastronomia. “O Senac é, para mim, sinônimo de oportunidade, realização e transformação de vida”, finalizou.
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