Economia

Gastos com notebooks caros salvam ano do setor eletroeletrônico

Como reflexo da pandemia, consumidor brasileiro preferiu modelos melhores para garantir qualidade no serviço de home office

Por R7 14/12/2020 08h08
Gastos com notebooks caros salvam ano do setor eletroeletrônico
Notebook - Foto: Reprodução

Os hábitos impostos pela pandemia de covid-19 trouxeram problemas para todos os setores da economia e alguns dados a comemorar. O segmento de eletroeletrônicos, por exemplo, viu o consumidor desembolsar mais dinheiro na hora de gastar com computadores em 2020, afinal nunca o equipamento foi tão útil para a manutenção do seu trabalho.

Além do home office, outra imposição do combate ao novo coronavírus que fez a comercialização de notebooks disparar foi a explosão do ensino a distância, devido ao fechamentos das escolas.

Segundo dados do instituto IDC Brasil divulgados pela Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) nesta quinta-feira (10), o país deve fechar o ano com aumento de 18% na venda de notebooks.

A preferência por aparelhos portáteis e práticos, que você pode levar para vários ambientes, ficou ainda mais evidente. Mesmo diante do apelo que os computadores pessoais ganharam durante a quarentena, desktops deverão vender 24% menos. Os tablets, com poucos recursos, terão 13% de queda.

Esse dado por si só já ajuda a explicar parte da elevação do faturamento do setor de informática, afinal, notebooks custam em média mais do que desktops e tablets.

A busca de qualidade é outra explicação. Dados do IDC mostram que a participação do mercado de PCs (computadores pessoais) em unidades com preços superiores a R$ 3 mil aumentou de 31% em 2019 para 48% em 2020.

Tal procura no varejo ajudou o segmento de informática a ter faturamento 31% maior do que no ano passado, enquanto todos os outros setores da indústria de eletroeletrônicos atingiram 13% de crescimento.