PGR diz que trabalha para garantir segurança no 7 de Setembro
Segundo o procurador-geral da República, o intuito é que tanto a festa cívica como as eleições transcorram sem atos de violência
O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse nesta sexta-feira (26) que a PGR está trabalhando para que as comemorações do Dia da Independência, 7 de setembro, transcorram sem atos de violência. Segundo Aras, o mesmo é esperado para as eleições em outubro.
“A nossa instituição está cumprindo com o seu dever e, assim, esperamos que a festa cívica de 7 de setembro, assim como as eleições, ocorram como uma grande festa, mantendo as nossas melhores tradições,” disse o procurador-geral durante a abertura da sessão extraordinária do Conselho Superior do Ministério Público Federal (MPF).
No evento, Aras disse aos integrantes do colegiado que a instituição terá funcionamento regular em 6 de setembro. Segundo ele, o Ministério Público atua, "de forma discreta, mas não sigilosa", para garantir as manifestações nas datas festivas.
“Estamos envidando esforços, juntamente com os Ministérios Públicos estaduais, para manter todo o MP brasileiro trabalhando, para que tenhamos eleições sem violência, eleições pacíficas e ordeiras, com a interlocução do Conselho Nacional do Ministério Público e com todos os colegas”, afirmou.
Protestos 'são naturais'
O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem convocado os apoiadores para as manifestações previstas para 7 de setembro. Em entrevista concedida no início de agosto a uma rádio do Rio Grande do Sul, o chefe do Executivo destacou que é natural que haja protestos na data e defendeu transparência nas eleições. "Da nossa parte, ninguém vai querer protesto para fechar isso ou fechar aquilo. Moralmente, algumas instituições estão se fechando no Brasil. E dá para ganhar a guerra dentro das quatro linhas", afirmou o presidente.
Na ocasião, Bolsonaro fez críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) sem citar o nome da Corte. "A grande preocupação nossa é sobre a sua liberdade, que é açoitada diariamente por pessoas que deveriam defender a nossa Constituição, mas fazem exatamente o contrário. Por isso essa convocação. Nunca havia convocado movimento de rua", disse.
"Mas nós estamos convidando a população para o 7 de Setembro, às 10 horas, em Brasília, com a tropa desfilando. E para o mesmo dia, às 16 horas, em Copacabana, pela primeira vez", completou. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), informou, no último dia 17, que os desfiles foram suspensos pelo Comando Militar do Leste, uma divisão do Exército Brasileiro.
Os desfiles estavam previstos na avenida Presidente Vargas, no centro da capital fluminense, de acordo com sugestão da prefeitura. Anteriormente, Copacabana havia sido cogitada pelo Palácio do Planalto como um dos locais do evento.