Diário do Sertão
PF desarticula quadrilha que usava beneficiárias do Bolsa Família para lavagem de dinheiro em Alagoas

Mulheres pobres, que recebem Bolsa Família, com pouca instrução ou ex-mulheres e até atuais companheiras de homens que respondem por tráfico de drogas.
Essas eram os alvos de uma quadrilha de traficantes de droga e lavagem de dinheiro desarticulada nesta quarta-feira (30), durante a Operação Metamorfo, da Polícia Federal em Alagoas.
Por determinação da Justiça, os polícias cumpriram 9 mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Maceió, Arapiraca, Santana do Ipanema e Campo Alegre e nos Estados de Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e São Paulo.
Em Campo Alegre, Agreste alagoano e em Santana, no Sertão, o bando criminoso cooptava as beneficiárias do Bolsa Família, escolhidas nos dias em que as mulheres iam as casas lotéricas receberem seus benefícios. Os criminosos seguiam as propensas vítimas até suas residências a fim de terem um melhor conhecimento com as beneficiárias. Só interessava as que tinham conta em algum banco. O segundo passo da quadrilha era convencer as mulheres a cederem suas contas bancárias para receberem vultuosos depósitos, que na sequência eram transferidos para contas em bancos digitais. Por dia, cada pessoa recebia R$ 200 Reais.
O esquema criminoso era comandado por um homem preso em João Pessoa/PB.
As investigações tiveram início após a Polícia Federal identificar que esse mesmo homem, envolvimento com o tráfico de drogas em Alagoas, utilizava uma identidade falsa para fugir da Justiça e continuar operando suas atividades criminosas no Estado. A apuração confirmou o uso do documento falso e revelou que o investigado chegou a ser preso na Paraíba, ocasião em que tentou subornar os policiais com uma oferta de R$ 200 mil, caracterizando o crime de corrupção.
Durante a apuração, verificou-se que, mesmo enquanto esteve preso em João Pessoa, o principal alvo da investigação teria mantido o comando do esquema de tráfico. As contas bancárias abertas nos bancos digitais eram com identidades falsas e serviam para movimentar os recursos obtidos com a venda de drogas.
Mas a polícia também descobriu que outras mulheres usadas para receberem o dinheiro da quadrilha e repassar os valores para outras contas digitais, eram ex-esposas ou até companheiras de homens com antecedentes por tráfico — em sua maioria residentes de Arapiraca — cujos os companheiros haviam ou ainda estão cumprindo pena no Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano. As mulheres eram convencidas pela quadrilha nos dias que iam visitar os maridos presos.
Ao final, o dinheiro retornava ao líder da organização criminosa, que os utilizava na aquisição de bens ou os repassava a um outro traficante atuante no Estado de São Paulo.
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