Brasil é o quarto país no mundo com o maior número de extorsões de dados virtuais
País ainda lidera casos de sexting, que consiste em fazer por email ameaças de divulgação de conteúdos íntimos

O Relatório Fast Facts, divulgado pela empresa de cibersegurança Trend Micro, mostra que o Brasil é o quarto país com maior registro de casos de ransomware, uma forma de extorsão em ambientes digitais.
Segundo os dados, o país sofreu mais de 8 milhões de casos desse tipo de ameaça virtual no primeiro semestre de 2022. No ranking, o Brasil ficou atrás apenas de Taiwan, Japão e Estados Unidos. O último citado lidera a lista com 21% de todos os casos mundiais.
Casos de ransomware consistem basicamente em cibercriminosos que atacam dispositivos, bloqueiam a tela ou criptografam os dados da vítima e depois pedem dinheiro para resgatar os dados roubados.
Ao fazer o recorte desses casos, o setor mais afetado foi o setor governamental, que registrou 3,8 milhões de casos de ransomware. Os setores de educação, da indústria, de seguros e de saúde também figuram na lista entre os segmentos mais visados pelos criminosos.
Extorsão e sexting
O Brasil lidera o ranking de ameaças de extorsão por email, incluindo as de cunho sexual, chamadas de sexting, que consistem na divulgação de conteúdo íntimo, levando em consideração os endereços de IP únicos. O país é seguido pelos Estados Unidos e pela Índia.
O relatório também mostrou a tendência de alta no número de ataques cibernéticos ao redor do mundo. Nos seis primeiros meses do ano, foram mais de 63 bilhões de ameaças. Em junho, último mês observado, foram mais de 11,4 bilhões de ataques. A maior parte deles, 7,8 bilhões, ocorreu via email.
O Brasil, nesse recorte, não apareceu no top 5 dos países mais atacados por email. Nesse quesito, Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e Rússia lideram o ranking.
Cibercrime
O Relatório também mostrou a tendência de alta no número de ataques cibernéticos observada até março; começou a oscilar a partir de abril, quando teve ligeira queda, subiu um pouco em maio e caiu novamente em junho, quando foram detectados pouco mais de 11,4 bilhões de ameaças, sendo a maioria — 7,8 bilhões — via email (68% das ameaças).
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