A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) deu início às investigações sobre o incêndio que resultou na morte de quatro crianças na madrugada deste domingo (14), em uma residência localizada no Centro de Canapi, Sertão de Alagoas.

De acordo com o delegado Daniel Mayer, responsável pela 30ª DP de Canapi, os primeiros levantamentos feitos levam a crer que o incêndio realmente foi acidental, causado por um curto-circuito no ventilador utilizado no quarto onde as crianças estavam.

Após o curto, o ventilador pegou fogo e as chamas rapidamente atingiram os colchões e outros objetos no quarto das vítimas, tomando o ambiente por completo.

O dono do imóvel, que seria pai de duas das vítimas, acordou com a fumaça e as chamas, mas não conseguiu socorrer as crianças, tendo em vista que o quarto estaria trancado à chave.

Segundo o delegado, nesta terça-feira (16), familiares das vítimas e vizinhos do imóvel serão ouvidos. 

A polícia também aguarda o resultado do laudo que será emitido pelo Instituto de Criminalísitca (IC) sobre o incidente.

O Instituto Médico Legal de Arapiraca, para onde os corpos foram encaminhados, confirmou na manhã desta segunda-feira (15) que as quatro crianças ainda não foram identificadas oficialmente. Devido ao estado em que foram encontradas, o processo de identificação se dará por meio de exame de DNA Forense.

O perito médico legista Silvio Nunes, chefe especial do IML de Arapiraca, explicou que os exames de necropapiloscopia e de odontolegal ficaram prejudicados e inviabilizados neste caso. Por esse motivo, o órgão precisou adotar as medidas necessárias para a realização do exame de DNA.

“Coletamos amostras biológicas dos corpos das crianças, e conversamos com os pais sobre a necessidade do exame para liberação dos cadáveres. Mas, como eles estavam muito abalados com a tragédia, ficaram de retornar ao IML de Arapiraca nesta terça-feira para fornecer material genético para o confronto do DNA”, explicou o doutor Silvio Nunes.

As amostras biológicas dos cadáveres das quatro crianças e dos genitores serão encaminhadas para o Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística que será responsável pelo exame de DNA. Enquanto aguardam os resultados das análises laboratoriais, os corpos ficaram conservados no IML.