Violência

Jovem acusa mecânico de estupro em Palmeira, mas muda versão após imagens de videomonitoramento

Por 7segundos 23/06/2023 09h09 - Atualizado em 23/06/2023 09h09
Jovem acusa mecânico de estupro em Palmeira, mas muda versão após imagens de videomonitoramento
Laudo do IML constatou a violência sexual, porém jovem deu duas versões do caso. - Foto: Reprodução

Uma jovem acusou um mecânico de estupro que teria ocorrido nesta última quinta-feira (22) em Palmeira dos Índios.

A suposta vítima, que é aluna da Escola Gerson Jatobá Leite, denunciou a um professor da unidade sobre o ocorrido. De imediato, ele procurou a direção da escola sobre o fato e acionou a polícia e o Conselho Tutelar, além de tentar contato com os pais da vítima, mas não obteve êxito.

Chegando na escola, a guarnição teve contato com a suposta vítima e, na presença do Conselho Tutelar e da direção da escola, estabeleceu um diálogo a jovem no intuito de colher informações sobre o crime e o possível autor.

A vítima relatou que estava conversando no dia anterior com uma amiga, que segundo ela não lembrava o nome, pelo whatsapp instalado no celular da mãe e que essa suposta amiga pediu para que ela passasse na casa dela situada na Vila São Sebastião, no Bairro Juca Sampaio para que juntas fossem as festividades juninas da escola.

Ao chegar no endereço informado deparou-se com um homem de estatura média, branco, barbado e com faixa etária de 25 a 30 anos de idade que a convidou para entrar usando o pretexto de que sua amiga estaria se arrumando.

Dentro da residência ela observou que o suposto autor estaria sozinho na casa e que, usando de força, tirou sua roupa e manteve reações sexuais sem consentimento utilizando-se de uma faca para coagir a mesma. Ela continuou relatando que, posteriormente ao estupro, o suposto autor teria a ameaçado de morte caso contasse a alguém o que tinha ocorrido.

Contudo, ao chegar na escola constatou que havia sangue em sua calcinha motivando-a a contar o fato ocorrido a sua colega de sala. De pronto, a equipe do Conselho Tutelar na pessoa do conselheiro Tiago José junto com a guarnição deslocou-se até o endereço onde teria ocorrido o estupro na eminência de capturar o autor, mas chegando no local a resistência encontrava-se fechada.

Questionando alguns moradores da vila sobre quem residia na casa foi citado o nome de “Clayton” como possível morador e que ele seria mecânico de moto. Diante das informações foi feito o deslocamento para várias oficinas de motocicleta na cidade, mas sem êxito.

Diante da não captura do autor, o efetivo orientou ao Conselho Tutelar conduzir a vítima junto com seus representantes legais até a Central de Flagrantes em Arapiraca para dar ciência a autoridade policial dos fatos ocorridos.

Porém, a polícia conseguiu informações sobre o paradeiro do possível auto e o encontrou trabalhando na oficina do Ivandelson situada na Rua Pedro Soares da Mota, no Bairro São Cristóvão, próximo a subida do Cristo do Goití.

Questionado sobre a acusação a ele imputada, o autor afirmou nunca ter tido contato com a vítima e que estava dormindo na casa da mãe situada na Avenida Fernando Calixto desde segunda-feira (19). Foi observado que o deslocamento entre a casa da mãe do autor e a oficina onde ele trabalha é monitorado por câmeras do sistema de monitoramento municipal.

Diante disso, foi acionada a Guarda Municipal para verificar na Central de Monitoramento se o autor estava trabalhando no horário em que a vítima alega ter sido estuprada, aproximadamente as 9h. O monitoramento constatou que o imputado deslocou-se da casa da mãe até seu local de trabalho, a pé, as 08h45 e que de lá não saiu.

Mesmo com essa informação, a guarnição conduziu o autor até a Central de Flagrantes, onde já se encontrava a vítima com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) constatando que, de fato, ela foi vítima de violência sexual.

Contudo, ao fazer o reconhecimento presencial do suposto autor a mesma não o reconheceu e mudou sua versão do fato dizendo que tinha sido abusada, em uma praça pública, próximo ao novo Unicompra, por um rapaz que ela tinha conhecido nas redes sociais por alcunha de “Senna”.

Ela relata não saber onde ele reside e nem seu nome verdadeiro, somente o apelido. Com essa nova informação, a autoridade policial confeccionou um Boletim de Ocorrência para posteriormente iniciar as investigações.

Não havendo mais o que fazer, a equipe do Conselho Tutelar conduziu a vítima para a Unidade de Emergência do Agreste para ser medicada e a Guarnição retornou com o conduzido o deixando-o na casa da mãe.