A mãe do bebê de sete meses que foi agredido no sítio Braúnas, em Palmeira dos Índios, relatou como foi encontrar sua filha e tia depois do crime de estupro e agressão. "Quando me deparei com a cena da minha tia desfalecida no carro, cheia de sangue e minha bebê machucada no rosto, meu mundo desabou, não sabia o que fazer", falou a mãe. 

Ela revela que ainda está em estado de choque depois do ocorrido. "Eu ainda estou desesperada, foi horrível ver minha tia num estado tão deplorável, nenhuma mulher passar por isso. Tudo que ela fez foi pra proteger minha filha, ela se rastejou com minha filha no colo e conseguiu pedir ajuda", disse. 

A mãe acredita que o intuito do acusado era matar já que ele só saiu da residência depois que a mulher de 49 anos e a criança estavam desacordadas. A mãe conta que a filha está com lesões no rosto e está com dificuldade para se alimentar. 

"A minha filha foi espancada e está completamente aterrorizada, se assusta com qualquer coisa. Está conseguindo se alimentar com muito esforço, está com rosto muito inchado e com um dos olhos ainda fechados. Minha tia ainda está internada sem previsão de alta, com lesão toda concentrada na cabeça, região da face, além da violência sexual", comentou a mãe. 

A mãe pede que a justiça seja feita. "Minha tia entrou em luta corporal com ele, porque ele estava de fato querendo tirar tudo dela ali inclusive a vida, ela tentou evitar que o estupro fosse realizado, o que infelizmente aconteceu. Ele teve a coragem de espancar um bebê de 7 meses, então espero que a justiça seja feita, que isso não fique impune", reforçou. 

Entenda o caso

A mulher, que tem 49 anos, estava cuidando da sobrinha, de sete meses. Deu água, comida e ainda emprestou o celular para que o homem telefonasse para a mãe dele pedindo para ir buscá-lo. Ele saiu e retornou pouco depois, invadindo a casa. Estuprou a mulher, agrediu o bebê e roubou o celular.

Quando a vítima retomou a consciência, pediu ajuda e o Samu foi acionado para prestar os primeiros socorros à mulher e à criança, que foram levados para o Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca. O acusado foi preso escondido debaixo da cama na casa da namorada no mesmo dia em que o crime aconteceu, tendo prisão preventiva na manhã desta quarta-feira (23).

Segundo a polícia, o acusado passou a noite de domingo (20) bebendo com colegas e a farra só terminou no dia seguinte, em um bar no sítio Braúnas, nas proximidades da Fazenda Canto. A residência da vítima fica a cerca de 200 metros de distância do estabelecimento.

O grupo foi embora por volta do meio-dia, mas o acusado estava muito embriagado e acabou dormindo no bar. Depois, ele fugiu sem pagar a conta e entrou em um matagal, até chegar à casa onde as vítimas estavam para cometer o crime.