Farra no INSS: PF faz buscas no escritório do advogado Nelson Willians
Antunes, apontado como o facilitador do esquema, movimentou R$ 12,2 milhões em apenas quatro meses

A Polícia Federal (PF) prendeu, em Brasília, nesta sexta-feira (12/9) Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e, em São Paulo, o empresário Maurício Camisotti, em mais uma fase da investigação sobre o esquema bilionário de fraudes contra aposentados e pensionistas, revelado pelo Metrópoles. A ação também atingiu o advogado Nelson Willians, que foi alvo de mandados de busca e apreensão em sua residência e em seu escritório, em São Paulo.
O esquema provocou um rombo estimado em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Segundo a PF, a fraude era sustentada por associações que cadastravam beneficiários sem autorização, com assinaturas falsificadas, para justificar descontos mensais nos pagamentos do INSS. O dinheiro, então, era desviado para empresas ligadas ao grupo investigado.
Antunes, apontado como o facilitador do esquema, movimentou R$ 12,2 milhões em apenas quatro meses. Parte desses recursos — mais de R$ 9 milhões — foi transferida a pessoas ligadas diretamente ao INSS, segundo a investigação. As apurações indicam que suas empresas recebiam os valores desviados e repassavam imediatamente às entidades e intermediários, dificultando o rastreamento das operações.
Já Camisotti é investigado como sócio oculto de uma das entidades que participavam da fraude, atuando como beneficiário direto do dinheiro desviado.
A operação foi autorizada pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ocorre um dia após a CPI do INSS aprovar a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico de Antunes, que está convocado a depor na próxima semana.
O outro lado
Confira a nota enviada pela defesa de Nelson Willians:
“Em relação ao mandado de busca e apreensão cumprido nesta data, Nelson Wilians esclarece que tem colaborado integralmente com as autoridades e confia que a apuração demonstrará sua total inocência.
Nelson Wilians já afirmou, anteriormente, que sua relação com um dos investigados — seu cliente na área jurídica — é estritamente profissional e legal, o que será comprovado de forma cabal. Os valores por ele transferidos referem-se à aquisição de um terreno vizinho à sua residência, transação lícita e de fácil comprovação.
Ressaltamos que a medida cumprida é de natureza exclusivamente investigativa, não implicando qualquer juízo de culpa ou responsabilidade. O advogado permanece à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários e reafirma seu compromisso com a legalidade e a transparência.”
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