Clau Soares

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Desigualdade racial existe e não se encerra em um dia do ano

29/11/2013 13h01

Em Alagoas, negros vivem até quatro anos a menos do que brancos. 

No Brasil, profissionais negros ganham 36,1% a menos do que brancos.

Não, não é brincadeira. Os dados acima são apontados por duas importantes organizações. No caso da expectativa de vida, as informações são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), já quanto às desvantagens econômicas no mercado de trabalho é o Dieese que informa.

125 anos depois do fim da escravidão no Brasil, de norte a sul do País, o preconceito e a desigualdade ainda imperam. Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, muitos ativistas chamam a atenção para a realidade dos afrodescendentes. Eles lutam pelo fim da discriminação racial. Uma causa justa, baseada em dados concretos.

Muitos, no entanto, não percebem a seriedade da questão. Estudiosos apontam que em terras tupiniquins predomina o preconceito velado. Ou seja, os indivíduos afirmam não ter nada contra os negros, mas nas situações do dia a dia, excluem e até mesmo ofendem, com expressões do tipo “só podia ser dessa cor” ou qualquer correspondente.

Isso precisa ser mudado. É necessário concretizar a igualdade. Lutar por salários justos, por redução de mortes, por menos preconceito. O respeito pela cultura dos afrodescendentes também entra na discussão. Os negros e descendentes pedem mais respeito pela religião a qual pertencem.

Assim como as mulheres que ainda lutam pela igualdade de gênero, a questão racial também precisa ser encarada com seriedade para que a desigualdade e discriminação sejam abolidos, definitivamente, da sociedade. 

Sobre o blog

Jornalista, especializada em Comunicação Empresarial. Assessora de comunicação. Interessada em cultura digital, empreendedorismo e pessoas.

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