Mais uma vez Alagoas reaparece no cenário nacional. Desta vez, pelo caos do sistema prisional do estado que se encontra superlotado.

Como mostra a imagem ao lado do tribunahoje.com.

A vergonhosa situação das prisões brasileiras já não é novidade. É uma verdade que precisa ser combatida pelas autoridades da Justiça do país.

O caso divulgado pelo Bom Dia Brasil, da Rede Globo, na manhã dessa quarta-feira, 5 de agosto, na Central de Flagrantes de Maceió.

Na delegacia havia 41 detentos, acima de sua capacidade. O local se limita a 25 presos. Isso determinado pela Justiça. Os demais presos devem ser transferidos para a Casa de Custódia, que também já se encontra abarrotada.

Sobre essa situação, a Secretaria de Defesa Social não se pronunciou sobre o assunto. O governo teve a infelicidade de ficar de boca calada sobre esse caos.

Então quer dizer que é através do silêncio que se administra a situação carcerária e a violência do estado de Alagoas? Isso não pode ser. É, no mínimo, inadmissível!

O próprio juiz da Vara de Execuções Penais, José Braga Neto, classificou a situação de absurda. Ele se referiu, especificamente, à transferência de presos para a Casa de Custódia. E, provavelmente, para todo o sistema prisional.

A Casa de Custódia tem capacidade para 40 presos, apenas. Por lá, já estão 87, mais que o dobro. E os que foram transferidos para lá, como vão ficar?

O gerente do local, André Ribeiro, disse à reportagem que não há mais espaço físico para colocar outros presos.

Chegou-se ao ponto de o diretor da Polícia Metropolitana de Maceió, Denisson Albuquerque, declarar que “só falta levar os presos para casa”. É só o que falta mesmo.

A Superintendência Geral de Administração Penitenciária (SGAP) é responsável por sete unidades penitenciárias em Maceió e outra no interior, aqui em Arapiraca.

Segundo a pasta de governo, até o dia 4 de agosto deste ano, o total da população carcerária em Alagoas é de 5.649 entre presos de todos os regimes. O total da capacidade no sistema alagoano é de apenas 2.616.

Uma situação que parece ser irreversível com o número da violência que vemos nas ruas de nossas cidades alagoanas.

Pior que isso é saber que o governo prefere não falar sobre o assunto.

De boca fechada é que nada vai se resolver mesmo.