Novela não é das coisas mais criativas de se vê, ainda mais quando já se imagina o fim! A novela das eleições em Alagoas, com seu roteiro mal escrito e seus personagens caricaturados, não atraem mais devotos com outrora; a não ser os seguidores que buscam ser figurantes remunerados neste folhetim.

O roteiro que aí está escrito já vem enlatado com a sinopse do fim. Não há novidades e expectativas de algo novo, só o mais do mesmo. São as mesmas personagens de outras ficções, só que agora travestidos de fantasias mais elaboradas e reluzentes. O espectador acompanha essa novela por não ter outra a seguir, nem muito menos a escrever, pois se acomodou ao anestésico falatório de que, mais uma vez, tudo vai mudar sem sair do lugar.

Nesta novela repetitiva, as características dos principais atores se confundem entre si, e não se consegue distinguir ente o vilão e o mocinho, já que há uma espécie de simbiose pactuada. Os espectadores por sua vez, ficam atônitos com as amizades forjadas neste período em nome do bem estar geral da plateia. Aqueles que eram ‘inimigos’ em outro folhetim, hoje se fazem de melhores amigos e vão escrevendo as linhas das alianças, com a maquiagem mais pesada possível.

O jogo de cena, as interpretações, o cenário, e principalmente os bastidores, fazem dessa novela um continuísmo de falsas esperanças. Como telespectadores, deveríamos ter o controle remoto nas mãos e mudar de canal quando o desenrolar da trama se fizesse enfadonho e previsível, mas lamentavelmente esse controle não está em nossas mãos, está na daqueles que detém a chave do cofre. A nós, cabe tão somente, tentar mudar algo em nosso conforto de espectador e sair da poltrona, sentar no chão ou ficar de pé.

Precisamos exigir um enredo inédito nessa historia, e que nela haja participação de novos atores e mais importante ainda, que sejamos convidados a papeis de maior relevância, ao de simplesmente, sermos coadjuvantes.

Basta da mesma novela com capítulos já assistidos, pois não vale a pena ver de novo.