O Brasil está de luto. A morte repentina de Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República, na manhã desta quarta-feira (13), na cidade de Santos, litoral de São Paulo, chocou o país.

Eduardo Campos estava a bordo do jatinho, acompanhado de seus assessores e dois pilotos. Todos morreram. Lamentável.

O que o Brasil lamenta hoje é a juventude de um político com uma trajetória política determinada para a mudança. Assim era Eduardo Campos. Inovador e corajoso desde o início de sua carreira política.

Coincidentemente, ele morre na mesma data da morte de seu avô, Miguel Arraes, que faleceu no dia 13 de agosto de 2005, no Recife. E que manteve uma carreira política antes mesmo do golpe militar de 1964. Arraes foi prefeito do Recife, deputado estadual e deputado federal e, também, governador de Pernambuco.

Carreira brilhante e determinada também. Miguel Arraes não queria que o neto seguisse a trajetória política. Mas Eduardo Campos tinha a mesma obstinação do avô. E voou alto.

Chegaria mais longe não fosse essa tragédia. Campos morre três dias depois de seu aniversário comemorado, em meio a tantos compromissos como candidato à Presidência da República, em 10 de agosto deste ano, quando completou 49 anos de idade.

Estava bem cotado na corrida presidencial em terceiro lugar. Colocação expressiva pela sua posição política e arrojada com coragem para mudar setores como a educação, saúde, segurança pública e uma economia fortalecida, como defendeu em sua primeira e última passagem por Arapiraca na última sexta-feira, 8 de agosto.

Sua última entrevista foi no Jornal Nacional na noite dessa terça-feira (12), em que frisou que o Brasil precisa mudar, precisa de uma esperança inovadora para dar melhores condições de vida para o seu povo.

Suas últimas palavras foram de fortalecimento à Nação.

Lamentavelmente Campos foi interrompido por um voo que não conseguiu aterrissar em Santos, no Guarujá, e com ele se foi uma esperança de uma mudança que estava próximo a acontecer.

Políticos à altura de Eduardo Campos dificilmente serão vistos pelos próximos anos. Estamos todos de luto, estarrecidos.

Campos: a mudança que o Brasil precisava.