A dismenorreia, ou simplesmente cólica menstrual, é definida como dor pélvica associada à menstruação, constituindo uma das queixas ginecológicas mais frequentes. As taxas de prevalência variam entre os estudos, chegando a alcançar valores na ordem de 90%. A dor é de natureza espasmódica ou em cólica, acompanhando o início do fluxo menstrual ou precedendo-o em algumas horas. Podem existir outros sintomas associados, como: dor nas costas, náusea, vômito, diarreia, cefaleia e fadiga.

O útero é sustentado por diversas estruturas dentre músculos, fáscias e ligamentos, estes são inseridos em ossos específicos da região da pelve (‘bacia’). Se a paciente apresenta flacidez ou tensão nesta área do corpo, assim como alterações estruturais/posicionais destes ossos, a probabilidade da mulher apresentar uma alteração uterina é considerável. Isto pode acarretar um desalinhamento uterino dificultando o desempenho do órgão no ciclo menstrual.

De forma mais abrangente, podemos afirmar que as crises dolorosas pré-menstruais podem ser de natureza hormonal, nervosa, lesional e/ou estrutural (Postural).

Portanto, a cólica menstrual não pode ser considerada normal e pode sim ser devidamente tratada com osteopatia, seu tratamento não é simplista e necessariamente medicamentoso.

A osteopatia visa uma avaliação e correção das estruturas envolvidas no quadro, sejam estas estruturas ligadas diretamente ou indiretamente ao aparelho reprodutor feminino, são utilizadas técnicas específicas e a paciente apresenta resultados a curto/médio prazo. 

Sobre a osteopatia
É uma prática de medicina alternativa que consiste em manusear os encaixes dos ossos, além das vísceras e do crânio . Os osteopatas creem que esses procedimentos ajudam o corpo a se curar sozinho. A proposta é buscar o equilíbrio do corpo. No Brasil, a osteopatia só pode ser praticada por fisioterapeutas com formação específica na área.

* Este artigo é de autoria de Douglas Leão, fisioterapeuta, com especialização em Osteopatia e atuação em Arapiraca.