Uma das revelações da música eletrônica brasileira, vencedor de um prêmio VMB na categoria Artista Eletrônico, estará em Maceió para a festa de virada de ano Reveionda, a ser realizada pela Pixel Produções no Clube Fênix (Jaraguá) a partir das 23h. O nome dele é Péricles Martins, responsável por um dos projetos musicais nacionais mais legais da atualidade: o Boss In Drama.

Péricles foi revelado na abertura do festival Motomix em 2006, na época ainda parte do extinto projeto de electro-rock Gomma Fou. Em 2007, Ele lançou seu projeto solo Boss in Drama e de lá pra cá, com muita criatividade, vem conquistando admiradores em várias partes do mundo. Conheça-o mais um pouco:

Quando começou a sua aproximação com a música de uma forma geral e depois, mais especificamente, com a música eletrônica?

Desde pequeno fui apaixonado por música. Toquei em banda mirim com 11 anos de idade, tocava baixo e cantava! Só quando era mais jovem, com uns 17 anos, que comecei a buscar aprender sobre produção musical. Sou completamente autoditada, tudo que aprendi foi sozinho mesmo, na base de tentativas, erros e acertos. E isso me ajudou a achar meu próprio estilo e caminho.

Atualmente você vive só de música? Como foi para ganhar destaque no meio musical no Brasil?

 Eu faço várias coisas ligadas à produção musical. Toco ao vivo, produzo minhas músicas, produzo e componho música pra outros artistas e faço trilha pra publicidade e cinema também. Acho que ganhei destaque por causa do meu diferencial mesmo, não existe outro produtor / DJ de destaque fazendo o mesmo estilo de música que faço no Brasil, do jeito que eu faço.

Como você percebe a atividade de DJ atualmente no Brasil? Você acha que há algum tipo de desvalorização devido ao download e ao fato de qualquer pessoa poder criar um remix por meio de programas e assim se considerar um produtor também?

Acho incrível o fato das pessoas buscarem estudar música, terem acesso fácil a softwares e criarem seus remixes. Não há nada de desvalorizador nisso, muito pelo contrário. Quanto mais DJs buscarem produzir, mais rica a cena eletrônica Brasileira será.

 Ainda sobre downloads, na sua página do facebook e no perfil do Soundcloud você disponibiliza suas produções para as pessoas baixarem, o que parece que você não cria uma barreira de acesso entre você e os ouvintes. Isso é proposital? Algum tipo de estratégia para divulgação?

Não tenho motivos pra criar barreiras pra alguém ouvir ou possuir minha música. Acho que essa é a graça da internet, de você poder disponibilizar tudo em questão de um clique. E quanto mais pessoas ouvirem, mais estarei espalhando alegria pras pessoas com minhas músicas.

Nas suas produções sempre há uma mistura do retrô com o atual ou a imersão de batidas o que deixa a música bem diferente e divertida. Como se dá esse processo criativo que tornam as suas músicas com características tão suas?

Como já disse, acho que pelo fato de eu ter sido autoditada e nunca ter me preocupado com fazer o som da moda, mas sim oque o coração manda. Eu produzo o som que eu gostaria de tocar na balada. É uma música pop brasileira e contemporânea, pronta pra pista de dança!

 De forma geral, quem você admira no mundo da música?

Admiro os artistas que me ensinaram o que eu sei de música, pelos discos e canções. Daft Punk, Michael Jackson, Prince, Diana Ross, Tim Maia, Gal Costa.. tem muitos, e sou muito grato a todos pela arte que me inspiraram!

De onde surgiu o nome e a ideia do Boss In Drama?

Surgiu de uma música do Snoop Dogg. Ouvia muito os primeiros discos, e me inspirei num deles pra criar meu nome artístico.

Além da música, há toda uma estética no seu jeito de se vestir e também na arte de cada remix que você cria. Essas características também fazem parte do projeto Boss In Drama?

Com certeza. Eu penso no projeto como um todo, e que tudo faça sentido no final. As pessoas sabem que ali é um "pacote", e não um monte de ideia jogada sem propósito

Você já fez parcerias, abriu alguns shows e já tocou em muitos lugares. Qual, de cada um, foi o mais significativo para você e por que?

O show mais importante foi meu primeiro show, que eu toquei depois do Diplo, e tocamos juntos depois. Isso foi final de 2007, e foi muito divertido. Sobre parcerias, todas são importantes, porém a que mais bombou foi Toda doida, com part, da Karol Conka.

Sobre o futuro e suas produções próprias, há alguma novidade a caminho para o próximo ano?

Quero poder terminar meu disco novo e lançar, que já está atrasado ! rs

Além do Boss In Drama, o Reveionda contará com shows completos do Figueroas (lambada caliente!), da banda de rock Bazzinga e a apresentação de mais nove Dj’s. A festa contará com uma mega estrutura e, além do open bar, oferecerá um serviço especial de comidinhas com a "Cozinha da Manu". Saiba mais sobre o Reveionda aqui.

Conheça mais o Boss in Drama:

@fm_marcilio