Apesar de ter liderado as pesquisas de opinião pública para o Senado em 2017, o deputado federal Ronaldo Lessa (PDT) vai mesmo disputar a reeleição neste ano. O ex-governador não pretendia confrontar o senador Renan Calheiros (MDB) e decidiu, no início de 2018, reativar a aliança com o governador Renan Filho (MDB).

Os laços políticos de Lessa e Renan Filho estavam desatados desde o pleito de 2016 quando o deputado federal optou em trilhar os passos do prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), candidato a reeleição. Já o governador tentou emplacar o ‘escudeiro’ Cícero Almeida como prefeito da capital alagoana. Acabou derrotado. 

Lessa deve ocupar, a exemplo de 2014, a função de coordenador da campanha para o governo. Ele é considerado um exímio articulador e vai buscar aglutinar o maior número de partidos para formar o Chapão. Caberá também ao deputado federal discutir com as legendas aliadas a escolha de um nome para o cargo de vice-governador.

Num primeiro momento, o nome do atual vice, Luciano Barbosa (MDB), é a alternativa natural e pode ser mantido, mas a depender das alianças e dos acordos que envolvem a campanha de reeleição do senador Renan Calheiros, esse cargo pode ser dado, por exemplo, ao deputado federal e ex-ministro dos Transportes, Portos e Aviação, Maurício Quintella (PR) para tentar aliviar a concorrência do ex-presidente do Senado.

Além de Benedito de Lira (Progressistas), que também concorrerá à reeleição, o páreo está duríssimo com as pré-candidaturas de Rodrigo Cunha (PSDB), Marx Beltrão (PSD) e Maurício Quintella (PR), além de João Caldas (PSB) e Rafael Tenório (Podemos). Luciano Barbosa pode até ser mantido como secretário de Estado da Educação, mas vê cada vez mais distante a oportunidade de seguir como vice-governador. É Arapiraca perdendo espaço no Palácio República dos Palmares.