Paulo Marcello

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Renan Filho diz que redução do ICMS em Alagoas depende de outros Estados

Tarifação mantém 29% sobre a segunda gasolina mais cara do Nordeste

01/06/2018 13h01
Renan Filho diz que redução do ICMS em Alagoas depende de outros Estados

O Estado de Alagoas vai continuar cobrando 29% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em cima dos combustíveis, com isso mantendo o preço da gasolina mais caro do Nordeste. A tarifação que incide sobre o valor final da gasolina é uma determinação do governador Renan Filho (MDB).

Na manhã desta sexta-feira (1º), Renan disse que a política do ICMS só vai mudar em Alagoas se os demais Estados brasileiros fizerem o mesmo. Na avaliação do governador, caso haja um entendimento nacional para redução na cobrança deste imposto, Alagoas não será contra e também adotará eventuais novas regras para facilitar o acesso da população aos combustíveis.

“Se o Brasil decidir fazer uma nova política de ICMS, reduzindo o imposto para todos os Estados, Alagoas não será contra. Se todo mundo topar não seremos obstáculo. Agora, não podemos fazer nada sozinhos na esfera fiscal porque qualquer decisão agora fragiliza as finanças públicas justamente num momento em que o governo federal balança mas não cai, e pode cair a qualquer momento”, disse Renan Filho.

Outra justificativa do chefe do Poder Executivo é que qualquer mudança na política de cobrança de impostos levaria o Estado a falência. Vale lembrar que Alagoas tem o 8º maior preço médio da gasolina comum do Brasil e o 2º maior valor da Região Nordeste, segundo dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

“Se for uma decisão nacional, onde todos os estados que vivem uma crise absurda, toparem, eu também topo, porque tenho certeza absoluta que Alagoas não será o primeiro a quebrar”, frisou.

Renan Filho disse ainda que os brasileiros hoje pagam mais caro pelos combustíveis por conta dos reajustes seguidos do governo do presidente Temer. Segundo o governador isso fez com que o presidente tivesse baixíssima aprovação popular segundo as pesquisas.

“A gente tem que cobrar uma política de preço mais justa da Petrobras, que pagou um mico nos últimos dias porque o Brasil percebeu que não tem nenhum sentido uma empresa que é estatal, uma concessão pública com acionistas privados, mas que tem como dono o povo brasileiro, que ela trate seu dono com aumentos praticamente diários em um governo Michel Temer com baixíssima aprovação popular, quase zero. Foram mais de 250 aumentos na gasolina e no óleo diesel no período de um ano e meio. Isso é algo inimaginável e que não se sustenta”, declarou Renan Filho.

 

 

Sobre o blog

Radialista, animador de eventos e mestre de cerimônias. Apresentador do programa Na Mira da Notícia na rádio Gazeta FM Arapiraca. Repórter e blogueiro do Portal 7 Segundos.

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