Blog do André Avlis
Como há muito tempo não se via, o Brasil jogou, brilhou, goleou e se divertiu
Jogando em Manaus, Brasil goleia o Uruguai por 4 a 1 e encaminha classificação para a Copa do Qatar 2022. Gols foram marcados por Raphinha (2), Neymar (1) e Gabigol (1)
Vitória convincente e significativa.
Jogando na Arena de Amazonas, em Manaus, o Brasil goleou o Uruguai por 4 a 1. Raphinha, duas vezes, Neymar e Gabigol marcaram para a seleção brasileira.
Com o resultado, a classificação para a Copa do Mundo do Qatar 2022 está praticamente garantida.
Mas, falemos do jogo.
Tite manteve o esquema e o conceito tático. No entanto, o fator principal para a boa exibição foi a liberdade dada para os jogadores - especialmente os do setor ofensivo.
Com a entrada de Raphinha, na ponta direita, a 'responsabilidade individual' foi dividida com Neymar. O mano a mano do Brasil ganhou mais um componente.
Os jogadores tiveram a autonomia para trocar de posição, flutuar e movimentar para quebrar a linha defensiva uruguaia. Sobretudo no movimento da ponta para o meio ou até mesmo nos 'facões'.
A aproximação dos jogadores de ataque possibilitou além das tabelas, as triangulações, as infiltrações, enfiadas de bola (o gol de Neymar saiu assim) e os passes verticais - especialmente nas inversões de bola. Além de fazer a superioridade qualitativa, potencializando assim a parte individual, do mano a mano.
Na parte tática, o time estava bem compactado e com as linhas justas. Fator que proporciona uma marcação mais adiantada no perde pressiona e solidez na defesa. Ou até o recuo das linhas para ter espaços na retomada da bola.
Em desempenho, o Brasil foi amplamente superior. Um time imponente que conseguiu elevar seu nível de atuação coletiva e individual. Mostrando que pode jogar mais. E deve. Com perspectiva de evolução.
Por fim, o que me chamou atenção, foi a leveza com que o Brasil jogou. Com alegria, ousadia, improviso. Os jogadores, de fato, se divertiram em campo. Como há muito tempo não se via.
Na prática, o Brasil voltou a ser Brasil. A expectativa é que esta atuação não seja apenas um espasmo ou um lapso de ótima performance. Tomara que não!