Bastidores
O que é o "caos" que Klever Loureiro se refere quando justifica exoneração de Santoro da Sefaz
O Blog Bastidores consultou fontes e traz alguns indícios do que seria esta crise
O próprio governador interino, Klever Loureiro, levantou o assunto publicamente (que já era debatido amplamente nas redes sociais) quando demitiu o então secretário da fazenda, George Santoro. Disse o governador-magistrado: “Ele se achava insubstituível, estava pregando o terror, inventando o caos”. Mas afinal, que caos é esse apregoado por Santoro, que tanto o incomodou?
Era fato que Santoro assumiu uma missão de confiança junto ao ex-governador Renan Filho: cuidar da fazenda estadual, tirando do cofre somente o essencial ao funcionamento da máquina pública. Pagamento de fornecedores, novas compras, reformas e a parte de infraestrutura, tudo ficou nos níveis mínimos.
Obras como a das CISPs, reforma e construção de escolas, duplicação das rodovias, tudo isso entrou em compasso de espera. Com baixa margem de remanejamento orçamentário, as empresas que operam nessas áreas estão sem receber repasses – e não só elas, em todas as secretarias são raros os fornecedores que viram a cor dos recursos.
O “caos”, segundo bastidores apurados pelo blog, é a pressão de alguns empresários (principalmente do setor de construção), prefeitos e vereadores da base aliada de Rena Filho e Paulo Dantas, que gostariam de entregar as obras iniciadas pelo governo em seus municípios antes do fim do prazo legal e do início da campanha.
O governador interino já sentia o peso dessa cobrança, e não havia resposta positiva por parte de Santoro. E a bola de neve foi crescendo, crescendo… até culminar na demissão do secretário.
Contada por um ou por outro personagem, claro que as versões podem conter algumas diferenças, mas este era o quadro geral no palácio. De uma relação fria, “sem nenhuma relação anterior”, como disse o próprio Santoro horas antes de saber de sua saída.
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