Blog do André Avlis
COPA 2022: Em jogo seguro e controlado, Brasil vence a Sérvia por 2 a 0 na estreia
A Seleção Brasileira volta a campo contra a Suíça, segunda-feira (28), ás 13h (Brasília), no Estádio 974
Estreia com pé direito de Richarlison.
A coragem da Sérvia, insinuada pelo técnico Dragan Stojkovic, em sua entrevista coletiva, parece que não se materializou em campo.
Apesar da manutenção da sua configuração e de seu sistema tático, a postura da Sérvia passou longe de ser impetuosa ou ousada. Muito pelo que foi executado pelo Brasil.
O primeiro tempo foi um jogo de muito equilíbrio tático.
A Sérvia marcava em bloco médio/baixo e quando necessário descia suas linhas para variar seu sistema, colocando cinco jogadores na última linha de defesa. Montada num 5-4-1 compactado e bastante justo.
Foi através dessa ação defensiva que o Brasil teve dificuldades para infiltrar e penetrar. A seleção brasileira afunilava o jogo pelo meio e consequentemente se via encaixotada. Além da pouca velocidade no passe que beneficiava a recomposição adversária.
Uma primeira parte de jogo pouco efetiva do time de Tite, apesar de algumas poucas chances criadas.
No segundo tempo, a parada mudou.
O Brasil voltou com outro comportamento. Adiantou suas linhas, pressionou a saída de bola e foi mais agudo. A agressividade na hora de "defender atacando" fez com que o time recuperasse a bola no campo de ataque e quando os sérvios tentavam sair, a defesa estava 'alta' e bem postada para retomar a posse.
A Sérvia pouco produziu. Foi praticamente um time inofensivo, contra um oponente seguro, equilibrado e consistente nas duas fases do jogo. Além de ter sido muito sólido na defesa.
Destaco nesse jogo a parte coletiva brasileira. Muito mais que destaque individuais que naturalmente surgem. O encaixe de modelo de jogo foi primordial parra a vitória.
As movimentações com laterais construtores, a abertura dos pontas para alargar o campo ofensivo e a troca de posição entre os armadores (Neymar e Paquetá), deram o tom da fase ofensiva.
Já a defesa pouco sofreu.
Vitória do coletivo. Segura, consistente e equilibrada. Contra uma Sérvia que sabia quem estava enfrentando. E talvez por isso não colocou toda sua 'coragem' em campo.