Futebol

Registro controverso de contrato de Petros pode gerar problema no STJD

Por Lancepress 02/09/2014 16h04
Registro controverso de contrato de Petros pode gerar problema no STJD
- Foto: Miguel Schincariol/LANCE!Pres

Um procedimento indevido no registro no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF do contrato mais recente assinado pelo meia Petros com o Corinthians pode causar imbróglio jurídico.

É que a publicação do nome do jogador no sistema aconteceu antes mesmo de o vínculo entrar em vigência, o que, segundo especialistas em direito desportivo ouvidos pelo LANCE!Net, é uma operação irregular, deixando Petros sem condições de jogo desde então.

A entrada de Petros no BID se deu em 1 de agosto, sexta-feira, dia em que também ocorreram a rescisão do vínculo de empréstimo com o Corinthians e do contrato definitivo com o Sev-Hortolândia.

A questão é que o novo acordo com o Timão começou a valer em 2 de agosto, sábado – como está no sistema da Federação Paulista de Futebol (FPF) –, dia no qual não ocorrem atualizações do BID, nem registros nas federações estaduais.

Valendo-se do BID, após aval chancelado pela FPF, responsável por enviar à CBF as informações dos contratos novos, Petros entrou em campo contra o Coritiba, no domingo seguinte, dia 3.

Se o ajuste não tivesse ocorrido, a regularização do meia só teria ocorrido na segunda-feira, dia 4, e ele não teria participado empate com o Coxa.

Ainda segundo advogados consultados pelo L!Net, o fato de ter aparecido no BID um contrato que não estava em vigor invalida a operação e, portanto, Petros atuou de forma irregular em outros seis jogos, além da partida contra o time paranaense (quatro pela Série A e dois pela Copa do Brasil).

A Federação Paulista admite a disparidade de dias entre o registro e o início do contrato, mas diz que o procedimento foi feito por ter emitido um “protocolo de registro do atleta” no dia 1, argumentando que, por isso, enviou os dados do jogador à CBF.

Segundo o LANCE!Net apurou, até os níveis mais altos da CBF já estão cientes da situação, mas, até a publicação desta reportagem, a entidade não tinha a intenção de enviar ao STJD uma notícia de infração sobre o caso.

A CBF, através do Regulamento Geral de Competições, lava as mãos e joga a responsabilidade pelas informações para as federações estaduais, que recebem dos clubes os dados e enviam as solicitações de registro de jogadores.