O meio-campo Xavi, do Barcelona, já está em Doha e vai conhecer o projeto que o governo do Qatar preparou para ele. A ideia não é que o craque apenas defenda o Al Sadd por três temporadas. Na verdade, o plano é bem mais ambicioso. De acordo com o "AS", o desejo é que o jogador seja o técnico da seleção do país para a Copa do Mundo de 2022, que será por lá.

A ideia inicial era que Raúl fizesse tudo isso. Mas o eterno ídolo do Real Madrid acabou indo para os Estados Unidos defender o Cosmos, e já há o projeto para que ele cuide das categorias de base do ex-clube de Pelé. Desta forma, Iván Bravo, diretor-geral da Academia Aspire, centro de formação de atletas do Qatar, sugeriu Xavi.

Rapidamente os membros do Comitê Supremo da Copa do Mundo do Qatar se entusiasmaram com ideia. Principalmente pelo recente sucesso de Valero Rivera, que levou o país ao vice do Mundial de handebol no mês passado.

Desta forma, Xavi deve encerrar a sua carreira no Al Sadd, depois ficar por pelo menos mais dois anos como técnico do próprio time, e finalmente assumir a seleção pensando na Copa de 2022, que pela primeira vez será disputada entre novembro e dezembro.

Xavi passou a ter menos espaço no time titular do Barcelona após a chegada do técnico Luis Enrique, que faz um rodízio com o croata Rakitic, que chegou nesta temporada. Assim, via no futebol árabe a possibilidade de continuar a carreira longe do clube que o revelou. O veterano jogador chegou a rejeitar propostas da Major League Soccer (MLS) para ficar mais um ano defendendo as cores azul-grená do time catalão.

O meia chegou ao Barcelona em 1991, com apenas 11 anos. É o jogador que mais entrou em campo com a camisa blaugrana, mais de 750 jogos. Foi campeão três vezes da Liga dos Campeões, duas do Mundial de Clubes, sete do Campeonato Espanhol, duas da Supercopa da Europa, duas da Copa do Rei e seis da Supercopa da Espanha.

Com a seleção espanhola, Xavi conquistou a Copa do Mundo de 2010 e as Eurocopas de 2008 e 2012. Ele era o principal jogador do estilo tiki-taka da Fúria, utilizado durante esse período. Com a derrocada da Roja no Mundial do ano passado, o técnico Vicente del Bosque pôs fim a esta forma de jogar, e o craque viu seu espaço ficar reduzido.