Estudante de direito é preso, acusado de matar torcedor do Bahia após BA-VI
O clássico Bahia e Vitória do último domingo foi marcado pela violência. Além de 45 pessoas detidas por uma briga generalizada fora do estádio, um jovem de 17 anos foi assassinado quando retornava para casa, no bairro da Federação. Torcedor do Bahia, Carlos Henrique Santos de Deus foi baleado na Avenida Vasco da Gama, próximo ao Dique do Tororó, e morreu no local. Ele faria 18 anos nesta quinta-feira.
O pai de Carlos Henrique, o segurança José Carlos Espírito Santo de Deus, de 51 anos, afirmou em entrevista para a TV Bahia, que o filho não fazia parte de torcida organizada, hipótese levantada após o crime. Ele também questionou a segurança nos jogos de futebol. "Tive um pressentimento, falei para ele não ir. Ele disse que já tinha comprado o ingresso. Ba-Vi da paz? Cadê a paz? Meu filho nem bebe, quem dirás fazer parte de torcida organizada. Infelizmente meu filho foi mais uma vítima da violência de Salvador. O que estou sentindo hoje, amanhã qualquer um pode sentir da mesma forma" – declarou.
A prisão
A Polícia Civil da Bahia informou que Pietro Henrique Ferreira Caribé Pereira, apontado como um dos cinco envolvidos no homicídio, foi detido na casa onde morava com a mãe, no bairro do Garcia, em Salvador. Ele nega participação no crime, mas confirmou que fazia parte da principal torcida organizada do Vitória, mas que deixou o grupo em fevereiro deste ano. Apesar da negativa dele, o acusado foi reconhecido por um sobrevivente do ataque.
Segundo a delegada Patrícia Brito, Pietro é estudante de Direito, trabalha como motorista do Uber e segurança de uma universidade de Salvador. Ele acumula passagens na polícia por furto de veículos e briga generalizada. Pietro chegou a ficar 10 dias preso em fevereiro desse ano após se envolver em uma briga com torcedores do Bahia. A delegada afirmou que ele foi indiciado na época por roubo e agressão, já que uma das vítimas teve materiais pessoais roubados.
O Pietro seria apresentado à imprensa nesta tarde, mas o advogado dele, Antônio Glorisman, impediu, para preservar a imagem do suspeito, segundo a delegada. o advogado sustenta a versão que Pietro foi ver o jogo com a namorada e com o cunhado e não se envolveu em confusão..