Inusitado: Jogo da Série D tem casamento no meio do gramado e durante intervalo

Um casamento relâmpago com quase 10 mil convidados. Todos nas arquibancadas de um estádio de futebol, que, inclusive, foi palco da Copa do Mundo de 2014. Sim, aconteceu. A paixão pelo América-RN fez com o que um casal de torcedores trocasse alianças no meio do gramado da Arena das Dunas, em Natal, durante o intervalo do jogo entre América-RN e Ceilândia, válido pelas oitavas de final da Série D do Brasileirão. Tudo isso em apenas cinco minutos e ainda caía uma neblina!
Na hora em que o árbitro apitou o fim do primeiro tempo, entrou em campo o padre Caio Cavalcante para celebrar a união de Glauce Emanuelle e Rodrigo Sá, um torcedor fanático pelo alvirrubro potiguar, que casou de terno branco e camisa vermelha, simbolizando as cores do clube do coração.
- É a realização de um sonho! A gente estava se organizando para casar e eu falei para ela que tinha um sonho de casar na Arena das Dunas, em um jogo do América. Ela topou de cara, mas depois ficou pensando se teria coragem. Ainda bem que deu certo - disse o noivo aos risos.
A noiva, que usou o tradicional vestido branco, com direito a véu e grinalda, confessa que aceitou "de cara" só porque não acreditava que aquela loucura iria mesmo dar certo.
Uma foto do casal estampou os telões do estádio e quem entrou em campo com as alianças foi Baé, torcedor-símbolo do América. Nas arquibancadas, padrinhos e familiares também estavam presentes, apenas com uma ressalva dos noivos.
- A gente deixou o pessoal livre para vir arrumado, com roupa de festa, ou não. Só não podia usar nada preto - afirmou Rodrigo, se referindo à cor do uniforme do arquirrival ABC.
E essa não é a primeira vez que o Rodrigo faz algo inusitado envolvendo a paixão pelo América-RN. Em 2007, quando a equipe potiguar enfrentou o Grêmio em Natal, pela Série A do Brasileirão, o corretor de seguros providenciou um guindaste para conseguir ver o jogo do lado de fora do antigo Estádio Machadão.
- Nesse dia o América jogou com portões fechados. Meu pai trabalhava com guincho na época e eu consegui um guindaste para assistir ao jogo do lado de fora. Aluguei aquelas cestinhas e vi o jogo inteiro pendurado lá em cima junto com um amigo meu - lembrou Rodrigo.
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