Pressionado e sofrendo ameaças, presidente do Náutico renuncia o cargo
Ivan Brondi não é mais presidente do Náutico. Eleito como vice-presidente em 19 de dezembro de 2015, ele assumiu o clube em 20 de dezembro de 2016, após a saída de Marcos Freitas, que se afastou por problemas de saúde. Nesta terça-feira, foi a vez de Ivan seguir o mesmo caminho, alegando ter recebido pressões exageradas e ameaças para deixar o Timbu.
Segundo o estatuto do clube, o presidente do Conselho Deliberativo, Gustavo Ventura, é quem assume o cargo até o final do ano. A partir de 2018, Edno Melo, eleito em um pleito antecipado, fica à frente do Timbu pelo próximo biênio.
Junto com Ivan Brondi, toda a diretoria de futebol do Náutico também deixa o clube, como é de praxe no processo de desligamento de um grupo político. O vice-presidente de futebol, Emerson Barbosa, porém, disse que fica à disposição de Gustavo Ventura caso ele queira que o corpo diretivo continue.
No auditório do centro de treinamento, foi Emerson Barbosa que começou a falar.
O vice de futebol também falou sobre um episódio que aconteceu no clube, na última sexta-feira.
- Houve uma invasão ao clube. Pessoas que se diziam sócios e de um grupo chamado 'Resgate Alvirrubro', curiosamente o mesmo nome do grupo do próximo presidente. Disseram que estiveram no CT e viram até o lanche que era servido a alguns atletas. Cobravam, de forma ríspida, um acompanhamento nutricional e até psicológico para os jogadores - disse Emerson Barbosa.
Ivan Brondi, por fim, leu uma carta formal onde dizia sentir falta do direito de ir e vir em paz com sua família "sem ser achincalhado". E que estava renunciando ao cargo de presidente.
Os jogadores não tiveram treino no período da tarde desta terça-feira. Eles foram liberados e só retornam aos trabalhos nesta quarta-feira pela manhã.