Tiffany será a primeira transexual brasileira a atuar no vôlei feminino na Superliga
O Vôlei Bauru anunciou, nesta terça-feira, acordo com a ponta/oposto Tiffany para o restante da Superliga. A jogadora de 33 anos é a primeira transexual brasileira a atuar no vôlei feminino após concluir o processo de mudança de sexo.Tiffany estava treinando no clube do interior paulista desde julho, após encerrar vínculo anterior na Itália .
A goiana Tiffany nasceu Rodrigo Pereira de Abreu e já havia disputado as edições masculinas da Superliga A e B no Brasil e outros campeonatos entre homens nas ligas da Indonésia, Portugal, Espanha, França, Holanda e Bélgica antes de fazer a transição de gênero, concluída quando defendia um clube da segunda divisão belga. No início deste ano, ela recebeu permissão da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) para competir em ligas femininas, tendo disputado a temporada pelo Golem Palmi, time da segunda divisão italiana.
A Federação Internacional de Voleibol (FIVB) segue as normas do Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre a legislação envolvendo a participação de atletas transgêneros em competições oficiais, com o devido controle dos niveis de testosterona."Sou tratada como qualquer outra jogadora, inclusive podendo ser submetida aos exames antidoping. São leis internacionais seguidas por todas as equipes do mundo que disputam competições mundiais e olímpicas e, por isso, estou apta a jogar em qualquer país do mundo" – diz a atleta.
O Bauru aguarda a regularização da documentação para definir a estreia de Tiffany. O clube corre para escalá-la diante do São Cristóvão/São Caetano no próximo domingo, no encerramento do turno da Superliga.