Polícia

Milícia usa greve para fazer matança em Salvador, diz polícia

A intelig&ecirc;ncia da Pol&iacute;cia Civil j&aacute; detectou que os grupos operam sob prote&ccedil;&atilde;o de policiais<br />

Por Folha 11/02/2012 07h07
A greve de PMs na Bahia abriu terreno para milícias praticarem uma matança na periferia de Salvador.

Os alvos são usuários de drogas, moradores de rua e desafetos dos grupos armados que detêm o controle, de fato, de áreas mais violentas.

As milícias baianas são grupos paramilitares bancados por comerciantes para manter a ordem na periferia.

A inteligência da Polícia Civil já detectou que os grupos operam sob proteção de policiais em áreas como Subúrbio Ferroviário, aglomerado de bairros e favelas vizinho à baía de Todos os Santos.

"Esses grupos estão se aproveitando da greve, que reduziu o policiamento, para 'limpar' a área e matar quem estava incomodando", disse à Folha o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa, Arthur Gallas.

Segundo ele, há evidências de que milicianos e traficantes de drogas tenham assassinado pelo menos 38 pessoas desde o início da greve da PM, no dia 31 de janeiro.

Até ontem, foram 157 homicídios em Salvador e na região metropolitana.