Economia
Vai acabar o limite para importações de coco seco
As importações poderão aumentar consideravelmente<br />
20/02/2012 07h07
Há 10 anos as importações de coco seco têm cotas limitadas pelo governo com o objetivo de salvaguardar a produção nacional, segundo explica o pesquisador Carlos Martins, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Aracaju. Só que este ano, essas medidas de defesa comercial da cultura do coco estabelecidas pelo governo brasileiro em 2002, encerram sua validade em 2012 e poderão afetar profundamente o mercado e a produção no país.
Segundo informou a Assessoria Técnica da Camex, não é mais possível obter uma nova prorrogação da medida de proteção. O período de salvaguarda já atingiu o prazo máximo estabelecido pela Organização Mundial do Comércio (OMC), que é até maior para os países em desenvolvimento, como o Brasil. Diante disso, os produtores brasileiros terão de encontrar outras alternativas para competir com o produto importado.
Martins revela que, com o término da medida e pelo menor preço do produto no mercado internacional, as importações poderão aumentar consideravelmente, com consequências sérias à cadeia produtiva do coco, que já vem sofrendo com a expansão das áreas plantadas com cana-de-açúcar e a intensificação do mercado imobiliário.
Os maiores impactos deverão ocorrer na faixa litorânea do Nordeste e no Norte, regiões que, segundo dados do IBGE, respondem por cerca de 70% da produção nacional, devido às vantagens do clima tropical úmido. A Bahia lidera a produção, seguida por Sergipe e Ceará, que juntos respondem por mais de 50% do coco produzido no Brasil. Rio de Janeiro, Espírito Santo e Pará também devem sentir as mudanças, pois detêm os melhores índices de produtividade.
A tendência, de acordo com Martins, é que os grandes exportadores mundiais, com destaque para o Vietnã e a Indonésia, que juntos somam mais de 50% das exportações, ganhem bastante mercado no Brasil por conta das diferenças cambiais que tornam o preço da fruta mais baixo. Sri Lanka, Filipinas e Tailândia também entram nesse grupo, que junto detém 75% do mercado internacional. Os dados são da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Comunidade Internacional dos Cocoicultores da Ásia e do Pacífico (APCC – sigla em inglês).
Segundo informou a Assessoria Técnica da Camex, não é mais possível obter uma nova prorrogação da medida de proteção. O período de salvaguarda já atingiu o prazo máximo estabelecido pela Organização Mundial do Comércio (OMC), que é até maior para os países em desenvolvimento, como o Brasil. Diante disso, os produtores brasileiros terão de encontrar outras alternativas para competir com o produto importado.
Martins revela que, com o término da medida e pelo menor preço do produto no mercado internacional, as importações poderão aumentar consideravelmente, com consequências sérias à cadeia produtiva do coco, que já vem sofrendo com a expansão das áreas plantadas com cana-de-açúcar e a intensificação do mercado imobiliário.
Os maiores impactos deverão ocorrer na faixa litorânea do Nordeste e no Norte, regiões que, segundo dados do IBGE, respondem por cerca de 70% da produção nacional, devido às vantagens do clima tropical úmido. A Bahia lidera a produção, seguida por Sergipe e Ceará, que juntos respondem por mais de 50% do coco produzido no Brasil. Rio de Janeiro, Espírito Santo e Pará também devem sentir as mudanças, pois detêm os melhores índices de produtividade.
A tendência, de acordo com Martins, é que os grandes exportadores mundiais, com destaque para o Vietnã e a Indonésia, que juntos somam mais de 50% das exportações, ganhem bastante mercado no Brasil por conta das diferenças cambiais que tornam o preço da fruta mais baixo. Sri Lanka, Filipinas e Tailândia também entram nesse grupo, que junto detém 75% do mercado internacional. Os dados são da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Comunidade Internacional dos Cocoicultores da Ásia e do Pacífico (APCC – sigla em inglês).
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