Promover o entendimento sobre a relação do uso de drogas e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), identificar as drogas lícitas e ilícitas mais utilizadas pelos jovens, refletir sobre a motivação para o uso de drogas, fatores de risco e proteção. Com esses objetivos, a Secretaria de Estado da saúde (Sesau) iniciou nesta quarta-feira (25), no Maceió Mar Hotel, em Maceió, uma oficina sobre a relação entre o uso de drogas e as DSTs.

O evento, que está sendo organizado pela Coordenação Estadual de DSTs e Aids da Sesau, será realizado até o próximo dia 30 deste mês, contemplando 120 profissionais de 60 dos 102 municípios alagoanos. Os selecionados integram o Programa de Saúde e Prevenção na Escola (SPE), desenvolvido em conjunto com as Diretorias de Promoção à Saúde e Atenção Básica.

Segundo a coordenadora estadual do Programa de DSTs e Aids, Fátima Rodrigues, a capacitação irá possibilitar que os profissionais de Saúde e Educação possam trabalhar a prevenção das DSTs entre os adolescentes e jovens. Isso porque, estudos comprovam que o uso abusivo de álcool e outras drogas tem contribuído para a disseminação de várias doenças sexualmente transmissíveis, principalmente a Aids.

“Quando se consome álcool e outras drogas de forma abusiva, geralmente o grau de vulnerabilidade dos dependentes aumenta. Com isso, aumentam as chances de manter relações sexuais sem o uso de preservativos e de utilizar drogas injetáveis com apenas uma seringa, culminando com a proliferação das DSTs e da Aids”, explicou Fátima Rodrigues, ao acrescentar que os profissionais de saúde e professores assumem papel importante na conscientização dos adolescentes e jovens.

Metodologia

A capacitação irá focar como os professores e profissionais de saúde devem abordar os alunos para orientá-los. Para isso, as oficinas estão sendo ministradas pela psicopedagoga Rosa Augusta, que foca a metodologia da redução de danos para conscientizar os adolescentes e jovens que são usuários de álcool e outras drogas.

“Também estaremos enfatizando a relação entre as drogas e a gravidez precoce, já que ao exagerar no consumo, é possível a prática do sexo vulnerável, que pode resultar numa gestação indesejada. Iremos ressaltar que a orientação aos usuários deve primar pelo acolhimento, sem focar o modelo de prevenção norte americano, que tem como base a imposição, e não prioriza a quebra de tabus e o fim do preconceito”, esclareceu Rosa Augusta.

Durante a capacitação, os profissionais receberam material didático para subsidiá-los na orientação dos adolescentes e jovens. Eles também serão contemplados com o Guia de Adolescentes e Jovens, que contém oito fascículos. O material tem como propósito facilitar a reflexão e o diálogo, além de debates entre os estudantes, seja por meio de oficinas e jogos lúdicos, ou por leituras e sugestões de filmes.