Educação
Professora usa música para ensinar história
15/10/2012 09h09
A música está presente na vida de todos. Na adolescência, ela passa a ter uma importância maior ainda. Com essas observações, a professora Vânia Aparecida Silva Corrêa Pinto resolveu fisgar seus alunos pelo ouvido. A tarefa não foi simples, mas rendeu bons frutos, como o Prêmio Professores do Brasil.
O projeto Brasileirinho começou em 2005, quando a professora de história e filosofia no Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Barra da Tijuca, propôs estudar na escola as raízes populares da cultura brasileira. “Percebi no aluno um desinteresse muito grande com relação ao universo da leitura, à cultura popular brasileira. Eu sentia que o aluno não percebia a cultura, a escola, a educação, a leitura como um valor.”
Então, Vânia propôs criar uma estratégia que pudesse agregar o valor da leitura à família e à escola como um todo. O repertório escolhido foi o de Maria Bethânia. “No CD Brasileirinho, que ela estava lançando em 2005, era um convite para você conhecer o Brasil multicultural. É o Brasil do índio, do negro, do mulato, do branco. E ali eu tinha tudo pra trabalhar desde o descobrimento do Brasil, o espanto que o índio sente ao encontrar os portugueses, depois ela passa pelo povo africano, navio negreiro, Castro Alves e tudo mais, até chegar aos dias atuais.”
Apesar de produção da cantora baiana não ter como foco o público adolescente, a professora afirma que só o fato de chegar com um aparelho de som e dizer que vai ter música na aula o aluno já se interessa. A partir daí, o projeto ganhou desdobramentos que passaram pela produção teatral, de dança, pintura, música e literatura. “Cada ano tem uma nuance, no ano passado teve um enfoque muito grande na literatura, fizemos um sarau musical na escola. Esse ano homenageamos Jorge Amado, que faria 100 anos, e Caetano Veloso, que fez 70. O trabalho deles dialoga entre si. Fizemos [também] mostra de cultura africana.”
O projeto de Vânia ocorre na sala de aula, paralelo aos conteúdos da disciplina e, esporadicamente, ocorrem atividades no turno contrário, como passeios, shows e eventos. “Levamos um livro com a nossa produção para a Academia Brasileira de Letras e fizemos uma visita guiada com o presidente”, lembra a professora.
De acordo com ela, é preciso trabalhar da melhor forma possível para fazer a diferença na vida do aluno. “O que me motiva é justamente o movimento, a ação, porque senão a gente fica naquela coisa de samba de uma nota só. Particularmente, [como] estou na escola todos os dias, tenho que estar em um lugar que me traga emoção, que me traga alegria, que me traga felicidade.”
E a música foi um instrumento que canalizou a mudança. “Consegui quebrar com isso a rigidez dos currículos, porque os currículos são rígidos, os livros estão ali, a gente tem que cumprir aquele currículo, então porque não cumprir de uma forma mais lúdica, mais prazerosa? Então eu pensei nisso aí. E o aluno gosta.”
Para a professora Vânia, a educação é um investimento de longo prazo. “O que desanima são as políticas públicas, que ainda não perceberam a educação como a grande base para o Brasil melhorar, o Brasil prosperar. Acho que isso é cultural”, explicou.
O projeto Brasileirinho começou em 2005, quando a professora de história e filosofia no Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Barra da Tijuca, propôs estudar na escola as raízes populares da cultura brasileira. “Percebi no aluno um desinteresse muito grande com relação ao universo da leitura, à cultura popular brasileira. Eu sentia que o aluno não percebia a cultura, a escola, a educação, a leitura como um valor.”
Então, Vânia propôs criar uma estratégia que pudesse agregar o valor da leitura à família e à escola como um todo. O repertório escolhido foi o de Maria Bethânia. “No CD Brasileirinho, que ela estava lançando em 2005, era um convite para você conhecer o Brasil multicultural. É o Brasil do índio, do negro, do mulato, do branco. E ali eu tinha tudo pra trabalhar desde o descobrimento do Brasil, o espanto que o índio sente ao encontrar os portugueses, depois ela passa pelo povo africano, navio negreiro, Castro Alves e tudo mais, até chegar aos dias atuais.”
Apesar de produção da cantora baiana não ter como foco o público adolescente, a professora afirma que só o fato de chegar com um aparelho de som e dizer que vai ter música na aula o aluno já se interessa. A partir daí, o projeto ganhou desdobramentos que passaram pela produção teatral, de dança, pintura, música e literatura. “Cada ano tem uma nuance, no ano passado teve um enfoque muito grande na literatura, fizemos um sarau musical na escola. Esse ano homenageamos Jorge Amado, que faria 100 anos, e Caetano Veloso, que fez 70. O trabalho deles dialoga entre si. Fizemos [também] mostra de cultura africana.”
O projeto de Vânia ocorre na sala de aula, paralelo aos conteúdos da disciplina e, esporadicamente, ocorrem atividades no turno contrário, como passeios, shows e eventos. “Levamos um livro com a nossa produção para a Academia Brasileira de Letras e fizemos uma visita guiada com o presidente”, lembra a professora.
De acordo com ela, é preciso trabalhar da melhor forma possível para fazer a diferença na vida do aluno. “O que me motiva é justamente o movimento, a ação, porque senão a gente fica naquela coisa de samba de uma nota só. Particularmente, [como] estou na escola todos os dias, tenho que estar em um lugar que me traga emoção, que me traga alegria, que me traga felicidade.”
E a música foi um instrumento que canalizou a mudança. “Consegui quebrar com isso a rigidez dos currículos, porque os currículos são rígidos, os livros estão ali, a gente tem que cumprir aquele currículo, então porque não cumprir de uma forma mais lúdica, mais prazerosa? Então eu pensei nisso aí. E o aluno gosta.”
Para a professora Vânia, a educação é um investimento de longo prazo. “O que desanima são as políticas públicas, que ainda não perceberam a educação como a grande base para o Brasil melhorar, o Brasil prosperar. Acho que isso é cultural”, explicou.
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