Alagoas

Agricultores são incluídos no Programa de Avicultura Familiar Sustentável

 

Por Assessoria 28/02/2013 18h06
O governo do Estado ampliou, nesta quinta-feira (28), o Programa de Avicultura Familiar Sustentável de Alagoas (PAF), com a distribuição de 3 mil aves e ração para 50 agricultores de Santana do Ipanema, no Sertão. O objetivo do programa é incentivar a criação de galinha caipira, de forma organizada, para produção de ovos e frango abatido.

O governador Teotonio Vilela, acompanhado pelo presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, José Carlos Malta, e do secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, fez a entrega simbólica das aves e da ração aos agricultores. A solenidade também foi acompanhada pelo prefeito do município, Mário Silva, e pelos deputados estaduais Isnaldo Bulhões Júnior e Jéferson Morais.

“Dá gosto de ver essa associação, inclusive o entusiasmo dos produtores, que apresentam os resultados de seu trabalho. Aqui eles recebem orientação, assistência técnica, os animais e a ração. A raça dessas aves é resistente à caatinga, às condições naturais da região, e é uma raça que se desenvolve rapidamente”, afirmou o governador Teotonio Vilela.

“O PAF é um programa que já provou que dá certo, que melhora a vida dos agricultores e agricultoras. Muitos dos beneficiados são mulheres, que lidam melhor com os animais, que fazem a administração da atividade”, frisou o secretário José Marinho Júnior.

Em Santana do Ipanema, onde há três anos foi instalado um projeto-piloto do PAF, os 100 agricultores beneficiados fundaram uma associação, onde abatem as aves e embalam os ovos. Agora, mais 50 produtores farão parte da associação. Cada um deles recebeu 60 aves, sendo 30 para corte e 30 para postura de ovos.

Geração de renda – De acordo com o presidente da Associação dos Avicultores de Santana do Ipanema, José Ademir Soares Lima, ao receber 30 animais para postura, o agricultor vai ter uma produção de duas dúzias de ovos por dia, o que significa uma renda de R$ 210 por mês. Já com o frango para o abate, é possível obter até R$ 600 por mês.

“Isso se considerarmos uma quantidade mínima de animas, que é a quantidade inicial para quem começa no programa. Depois, ele aumenta sua quantidade de matrizes e essa renda mensal pode dobrar”, explicou o presidente da entidade.

Segundo ele, os pintinhos recebidos pelos agricultores nesta quinta-feira (28) precisam de 90 dias para chegar ao peso ideal para abate. “É um animal de ciclo curto, o que atrai a atenção dos agricultores, que conseguem movimentar o dinheiro rapidamente”, disse José Ademir Soares Lima, que também planta feijão, milho e cria algumas cabeças de gado.

Mil produtores – O PAF faz parte dos projetos da Seagri no Alagoas Tem Pressa. Em todo o Estado, o PAF deverá incluir mil produtores familiares de 14 municípios. Para isso, a cada mês a Seagri vai receber novos lotes de pintinhos e de ração, já adquiridos em processo licitatório.

Para começar a atividade, os agricultores terão prioridade para vender ovos e frango abatido ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) em seu município. Além da Seagri, são parceiros do PAF a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), o Instituto de Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Alagoas (Ictal) e o Sebrae/AL.

A solenidade de entrega das aves e da ração foi acompanhada pelos superintendentes de Desenvolvimento Agropecuário, Hibernon Cavalcante, e de Fortalecimento da Agricultura Familiar, Luciano Barros, da Seagri, o gestor Dênnis Calheiro e o coordenador do PAF, Leandro Basile.