Justiça
Gilmar Mendes acusa ator José de Abreu de difamação e injúria
No Twitter, ator disse que ministro do STF contratou araponga
17/04/2013 16h04
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes entrou com uma queixa-crime na qual pede que o ator José de Abreu seja punido pelos crimes de injúria e difamação.
No microblog Twitter, o ator afirmou que o ministro do STF contratou um "araponga" que tem relações com o bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Após saber do processo, José de Abreu afirmou que seu advogado estuda o processo e que é alvo de "perseguição".
Pelo Código Penal, o crime de difamação tem pena prevista de três meses a um ano e multa. Para o crime de injúria, a pena é de um a seis meses de prisão e multa.
No pedido, protocolado no fim de fevereiro no Juizado Especial Criminal do Rio de Janeiro e que tem 14 páginas, o ministro pede ainda que a punição seja agravada em razão de a suposta injúria ter sido divulgada na internet e ter provocado, segundo ele, "diversos prejuízos morais (dignidade) e sociais (decoro)".
Em seu Twitter, Abreu comentou nesta quarta-feira (17) o processo. "Um tweet com 140 toques resultou num inquérito que, até agora, já com a inicial, ja tem 601 páginas. [...] Ainda não conversei com o advogado, está estudando a inicial que tem 601 páginas", afirmou.
É a segunda vez que Gilmar Mendes e José de Abreu entram em conflito por conta de uma declaração no Twitter. Da primeira vez, o ator citou que o ministro era "corrupto". Segundo a nova ação protocolada, daquela vez José de Abreu pediu desculpas.
Antes da sessão desta quarta, Gilmar Mendes comentou o tema e afirmou que o ator se vale do fato de ser uma personalidade pública. "Tenho a impressão que há muito tempo ele é utilizado como uma caixa de ressonância no Twitter, faz brincadeira e se valendo do valor que se dá para personalidade pública."
Para o ministro, o ator pediu desculpa da primeira vez com argumentos que mostram "irresponsabilidade" ou "inconsciência" "Há algum tempo ele fez uma afirmação nessa linha de exagero, entrei com uma interpelação e achou por bem dizer que não era nada disso, que ele nem sabia o que significava o termo corrupto, o que chega a ser engraçado e mostra o grau de irresponsabilidade ou até do grau de inconsciência que às vezes ele é acometido. Agora, recentemente, ele voltou à tona depois de ter se humilhado naquela outra ação para dizer que eu tinha contratado o Dadá, que ele foi condenado e por que que eu não tivera sido. Na verdade, nunca houve isso."
'Araponga'
O suposto "araponga" mencionado por José de Abreu é o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, conhecido como Dadá, que foi preso pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo e apontado como espião particular de Cachoeira.
No Twitter, o ator escreveu no dia 10 de dezembro do ano passado: "E o Gilmar Mendes que contratou o Dadá? 19 anos de cadeia pro contratado. E pro contratante? Domínio do fato."
Dadá tinha acabado de ser condenado pela Justiça Fedral de Goiás pelos crimes de formação de quadrilha e violação de sigilo funcional.
A queixa-crime argumenta que ao fazer a ligação entre Gilmar Mendes e Dadá, o ator demonstra "claramente a intenção do querelado em denegrir a sua honra objetiva e subjetiva".
"É importante enfatizar que o querelante [ministro] nunca teve qualquer contato com o condenado Idalberto Martins de Araújo [Dadá], seja pessoal, institucional ou profissional, o que comprova a ausência de qualquer contrato pactuado e demonstra a intenção deliberada em ofender a imagem e reputação do ofendido."
No microblog Twitter, o ator afirmou que o ministro do STF contratou um "araponga" que tem relações com o bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Após saber do processo, José de Abreu afirmou que seu advogado estuda o processo e que é alvo de "perseguição".
Pelo Código Penal, o crime de difamação tem pena prevista de três meses a um ano e multa. Para o crime de injúria, a pena é de um a seis meses de prisão e multa.
No pedido, protocolado no fim de fevereiro no Juizado Especial Criminal do Rio de Janeiro e que tem 14 páginas, o ministro pede ainda que a punição seja agravada em razão de a suposta injúria ter sido divulgada na internet e ter provocado, segundo ele, "diversos prejuízos morais (dignidade) e sociais (decoro)".
Em seu Twitter, Abreu comentou nesta quarta-feira (17) o processo. "Um tweet com 140 toques resultou num inquérito que, até agora, já com a inicial, ja tem 601 páginas. [...] Ainda não conversei com o advogado, está estudando a inicial que tem 601 páginas", afirmou.
É a segunda vez que Gilmar Mendes e José de Abreu entram em conflito por conta de uma declaração no Twitter. Da primeira vez, o ator citou que o ministro era "corrupto". Segundo a nova ação protocolada, daquela vez José de Abreu pediu desculpas.
Antes da sessão desta quarta, Gilmar Mendes comentou o tema e afirmou que o ator se vale do fato de ser uma personalidade pública. "Tenho a impressão que há muito tempo ele é utilizado como uma caixa de ressonância no Twitter, faz brincadeira e se valendo do valor que se dá para personalidade pública."
Para o ministro, o ator pediu desculpa da primeira vez com argumentos que mostram "irresponsabilidade" ou "inconsciência" "Há algum tempo ele fez uma afirmação nessa linha de exagero, entrei com uma interpelação e achou por bem dizer que não era nada disso, que ele nem sabia o que significava o termo corrupto, o que chega a ser engraçado e mostra o grau de irresponsabilidade ou até do grau de inconsciência que às vezes ele é acometido. Agora, recentemente, ele voltou à tona depois de ter se humilhado naquela outra ação para dizer que eu tinha contratado o Dadá, que ele foi condenado e por que que eu não tivera sido. Na verdade, nunca houve isso."
'Araponga'
O suposto "araponga" mencionado por José de Abreu é o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, conhecido como Dadá, que foi preso pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo e apontado como espião particular de Cachoeira.
No Twitter, o ator escreveu no dia 10 de dezembro do ano passado: "E o Gilmar Mendes que contratou o Dadá? 19 anos de cadeia pro contratado. E pro contratante? Domínio do fato."
Dadá tinha acabado de ser condenado pela Justiça Fedral de Goiás pelos crimes de formação de quadrilha e violação de sigilo funcional.
A queixa-crime argumenta que ao fazer a ligação entre Gilmar Mendes e Dadá, o ator demonstra "claramente a intenção do querelado em denegrir a sua honra objetiva e subjetiva".
"É importante enfatizar que o querelante [ministro] nunca teve qualquer contato com o condenado Idalberto Martins de Araújo [Dadá], seja pessoal, institucional ou profissional, o que comprova a ausência de qualquer contrato pactuado e demonstra a intenção deliberada em ofender a imagem e reputação do ofendido."
Últimas notícias
Desigualdade
Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens
economia
Luciano Barbosa ressalta força empreendedora de Arapiraca na jornada da interiorização de Juceal
Reserva dos Milagres
CM Pontes lança condomínio de charácara no Litoral Norte de Alagoas
Quadrilha desarticulada
[Vídeo] Empresário alagoano é preso com seis toneladas de cabos roubados
REPERCUSSÃO
Bolsonaristas de AL saem em defesa do ex-presidente após indiciamento por tentativa de golpe
homicídio
Corpo carbonizado dentro de carro é de líder comunitário, confirma perícia
Vídeos e noticias mais lidas
Fabiana Lira
Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação
PAGAMENTO
12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira
Homicídio
Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha
Violência
Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
Caso desvendado