Pessoas que trabalham em Institutos Médicos Legais já estão acostumados com autópsias, que nem se abalam mais. Porém, às vezes são surpreendidos ao realizarem esse procedimento. E foi o que aconteceu no Instituto Médico Legal de Arapiraca, com um homem que deu entrada no IML, assassinado com vários disparos de arma de fogo, na noite desta quinta-feira (13), por volta das 19h, no povoado Figueiredo, zona rural de Pariconha. A vítima era Moacir Canuto dos Santos (40), conhecido como “Cheira Calçola”.

Segundo o policial civil Zé Lobinho, chefe de operações da delegacia distrital, o homem estaria assistindo televisão na sala de sua casa, quando uma pessoa entrou na residência e efetuou os tiros de revólver calibre 38 que o atingiram três vezes na cabeça. “Cheira Calçola” morreu na hora.

De acordo com informações da polícia, a vítima costumava invadir os quintais das residências para roubar calcinhas, para cheirar e usar. Quando foi assassinado, ele estava usando uma calcinha rendada.

Os levantamentos policiais indicaram também que Moacir tinha um mandado de prisão em aberto pela acusação de incendiar duas casas no povoado Tangue, zona rural daquele município. Além disso, “Cheira Calçola” teria atentado contra a vida de uma pessoa e seria suspeito de ter participado de um homicídio.

O motivo do crime é desconhecido, mas devido ao histórico criminal da vítima, há a suspeita de que o assassinato esteja relacionado a acerto de contas. A autoria está sendo investigada pelo 33º Distrito Policial (DP).

O corpo foi levado para o necrotério do Hospital Antenor Serpa, em Delmiro Gouveia, de onde foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML), de Arapiraca.