Associação de catadores sofre com falta de associados
Socorro da Silva tem 56 anos e no rosto a expressão de quem passou por muitas dificuldades. Na idade na qual já deveria estar se preparando para se aposentar, ela busca um novo recomeço com a família que adotou: os membros da Associação de Catadores de Resíduos Sólidos de Arapiraca (Ascara). Com apenas sete membros, a organização tenta se reerguer e reinventar as atividades para continuar auxiliando pessoas que lidam com o lixo reciclável em Arapiraca.
Fundada há cerca de dois anos, a Ascara começou com cerca de 20 membros, todos ex-catadores de lixo e moradores do conjunto Mangabeiras. Em virtude da distância entre a moradia e a base da associação, no bairro São Luiz, a maioria desistiu. Para estes, a saída mais fácil foi continuar recolhendo entulhos no aterro sanitário e vendendo de forma individual.
A catadora Socorro da Silva, que também é representante da comunidade que vive no Conjunto Mangabeiras, não desistiu da associação. Junto com o presidente da Ascara, Ednelson Felismino da Silva, eles pretendem atrair mais gente para o grupo. O objetivo agora é não apenas juntar e vender o papelão e as garrafas pets, mas fabricar produtos, como os papa-latas e vassouras.
Na Ascara, o papelão é o carro-chefe. Ele é vendido por R$ 0,17 a atravessadores porque, por serem poucos catadores, não conseguem juntar material suficiente para vender diretamente à fábrica. “A gente não tem como oferecer a quantidade que a fábrica exige. Que seria de umas oito toneladas de um só material”, ratifica Ednelson.
Atualmente, o material que a Ascara consegue recolher vem de parcerias com empresas de Arapiraca que juntam e cedem para a associação. O principal problema é a falta de mais associados para fazer o recolhimento e também contribuir com as demais atividades necessárias para o funcionamento da organização. "Se aumentar o número de catadores, vai aumentar assim a produção", explicou a assistente social Joelma Ribeiro, que auxilia o trabalho dos catadores.
Apesar das conquistas, hoje o grupo tem uma van cedida pela Prefeitura de Arapiraca que faz o transporte dos associados do conjunto Mangabeiras até a sede, possui o apoio de estudantes da Universidade Federal que divulgam o trabalho da Ascara, o presidente Ednelson confessa ter pensado em desistir. “Às vezes, a pessoa se revolta. Antigamente, eles (os desistentes) diziam que se tivesse um lugar, seria melhor, mas agora não vêm”, afirma.
É Socorro que continua otimista. “Tem hora que ele diz: ah, eu vou parar. Eu digo: não. Vamos ficar com a associação, pode ser que Deus ajude”.
Além de mais catadores, a associação precisa também de mais parcerias com as empresas onde eles possam coletar mais material, seja papelão ou plástico.
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