Agreste

Presídio do Agreste vira centro de problemas: Sindapen diz que agentes são ?humilhados?

Por Kamylla Lima 17/04/2014 15h03
Presídio do Agreste vira centro de problemas: Sindapen diz que agentes são ?humilhados?
Presídio do Agreste. - Foto: Divulgação

Inaugurado em novembro de 2013, o Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano é alvo de constantes críticas por conta dos problemas enfrentados por presos e funcionários na unidade. A reclamação agora parte dos agentes penitenciários. O Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen-AL) fez uma visita ao local nesta quinta-feira (17) e constatou que os profissionais que lá trabalham são “humilhados”.

O presidente do Sindicato, Jarbas Souza, afirmou que o problema está no fato do presídio ser privatizado – a empresa responsável pela unidade é a Reviver. “Eles (os agentes) são tratados em segundo plano; o presídio privatizado só valoriza a empresa. Nossa meta é acabar com a privatização e tornar estatal. Os agentes ficam lá sendo humilhados e a prioridade é sempre o pessoal da empresa”, disse Souza.

Durante a visita, ele revelou que foram discutidas várias questões, dentre elas o uso de armamento por parte dos agentes. A Reviver, segundo o presidente, não autoriza que os profissionais entrassem no presídio portanto qualquer tipo de arma. Jarbas Souza explicou que é um direito do agente usar arma, então a questão já foi solucionada.

Quanto aos benefícios – função gratificada pelo grupo de escolta e o não pagamento das diárias –, estes serão resolvidos em Maceió. O presidente do Sindapen afirmou os agentes que realizavam as escoltas no presídio suspenderam as atividades porque as diárias não estavam sendo pagas.

Souza falou que vai tentar dialogar sobre essa questão com representantes do Governo no Estado, na próxima semana. Ao todo, 62 agentes penitenciários trabalham no Presídio do Agreste.

CNJ aponta problemas administrativos
Em dezembro do ano passado, três semanas após a inauguração da unidade, um mutirão carcerário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) constatou que no presídio há racionamento de água, além de agressões aos detentos e falta, ainda, assistência à saúde e condições básicas de higiene. Cada preso custa ao governo R$ 3 mil.