Arapiraca realiza primeira cirurgia cardiovascular do interior de Alagoas

No último dia 20 de junho, o Complexo Hospitalar Manoel André (CHAMA), de Arapiraca, realizou a primeira cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea do interior de Alagoas. Este tipo de procedimento tornou-se realidade 35 anos após a primeira cirurgia realizada no Estado, ocorrida no ano de 1979, em Maceió.
O procedimento realizado foi a revascularização do miocárdio, mais conhecida como ponte de safena. A cirurgia teve duração de 3 horas e foi comandada pelo cirurgião cardiovascular Sérgio Francisco Junior e sua equipe, dando início assim às atividades do Hospital do Coração do Agreste, anexo ao Complexo Chama e primeiro da região completo para cuidados cardiológicos.
O paciente foi Francisco Paz da Silva, um senhor de 70 anos, que há três anos sofria de uma doença responsável pela morte da maioria das pessoas acima de 50 anos, a isquemia do coração, causada pelo entupimento das artérias que alimentam o músculo cardíaco. Ele teve alta médica seis dias depois e já desfruta de uma vida praticamente normal junto à família.
Desde janeiro Seu Francisco estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital. O procedimento foi um marco importante para o interior de Alagoas, em especial para Arapiraca. O comprometimento de toda a equipe de enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas e médicos desde a enfermaria, centro cirúrgico até a UTI foi fundamental para o sucesso do procedimento.
Com recursos próprios, o Hospital do Coração do Agreste investiu em profissionais qualificados e o que há de mais moderno em equipamentos para procedimentos como angioplastia, cateterismo e implantação de marcapasso. A Hemodinâmica do hospital também é uma das mais modernas do mundo. No Brasil apenas os Hospitais Albert Einstein, em São Paulo, e CHAMA, em Arapiraca, possuem este tipo de equipamento de ponta.
Por outro lado, as dificuldades para manter todo este investimento vêm preocupando o diretor geral de Cardiologia do Hospital do Coração do Agreste, o médico cardiologista Emmanuel Cavalcante Barreto. Segundo ele, o hospital já enviou toda a documentação exigida, protocolos e relatórios sobre a estrutura, mas, até agora não obteve resposta para que o serviço seja conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS). O trâmite burocrático se arrasta há sete meses.
“Arapiraca é uma cidade que não tem nenhuma resolutividade em cardiologia. Aqui o paciente infarta e não tem disponível sequer o serviço de angioplastia primária ofertado pelo SUS. Enquanto esse convênio não se concretiza, já existem mais de vinte pessoas na fila aguardando para fazer uma cirurgia cardíaca, que pode custar em média R$ 50 mil. Esperamos ter tudo isto acessível aos pacientes do SUS. Estamos prontos e dependemos de decisões políticas dos governantes para que o povo tenha acesso à saúde que lhes é direito, alertou o titular do setor de Cardiologia do Hospital do Coração do Agreste.
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