Arapiraca

Existe uma invasão de escorpiões em Arapiraca, afirma biólogo do CCZ

Por Redação 26/11/2014 16h04
Existe uma invasão de escorpiões em Arapiraca, afirma biólogo do CCZ
- Foto: Google

Os escorpiões estão invadindo Arapiraca. Essa é a avaliação feita pelo biólogo Severino Mota, que coordena a área de insetos peçonhentos do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) de Arapiraca, depois que ficou sabendo, por intermédio 7segundos, nesta quarta-feira (26), que entre 1º de janeiro a 30 de outubro desse ano, foram registrados na Unidade de Emergência do Agreste (EU) 1047 casos de picadas de escorpião em humanos.

Apesar dos dados oficiais da Unidade de Emergência, o CCZ crê que, para um caso que é registrado no hospital, dois não chegam ao conhecimento dos médicos e a vítima é cuidada em casa mesmo.

Os números deste ano, ainda segundo relatório da UE, mantêm a média dos últimos três anos em Arapiraca: 1137 em 2013; 1109 em 2012 e 1170 em 2011. Se por um lado os números causam pela quantidade de casos, pro outro tranquiliza a população da região Agreste porque o último caso de morte foi há 12 anos, conforme dados do CCZ, que ainda aponta os bairros de Primavera e Caititus como os de maior foco em Arapiraca.

A alta incidência de picadas de escorpião em Arapiraca é um problema ambiental, como explica o biólogo do Centro de Zoonozes, Severino Mota. Para ele, o crescimento de Arapiraca a existência de muitos terrenos baldios na cidade são fatores que aumentam o habitat do bicho peçonhento.

“É um problema ambiental. A cidade cresceu muito nos últimos anos e acabou aumentando as possibilidades de novos habitats para os escorpiões. Os lixos nos terrenos baldios e casas atraem baratas. E os escorpiões se alimentam de insetos, e baratas são as preferidas. Apesar de manter uma média, os dados são alarmantes, são números que o CCZ considera altos os registrados pela UE. Para diminuir o problema, o ideal seria a prefeitura formar uma equipe de captura, preparada para diminuir os focos”, explicou o biólogo.

Como age o veneno do escorpião

“O último caso fatal de mordida de escorpião acontece há uns 12 anos, quando um garoto de Taquarana foi picado e faleceu aqui em Arapiraca. Em geral, se for bem cuidado e medicado, a vítima não correrá esse risco. Falando sobre a ação do veneno do escorpião, após te contato com o ser humano, o veneno atinge o sistema nervoso, cérebro e o caso evolui para o óbito. Se houver vômito e dores abdominal, é sinal de que o quadro está se agravando. Para tentar reverter o quadro, é necessário aplicar-se o soro antiscorpiniônico”, detalhou Severino Mota.