Em campanha por reajuste salarial desde dezembro do ano passado, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) fará assembleias na próxima quarta-feira (7) para votação das propostas apresentadas. Inicialmente, os aeronautas pediram 11% de aumento, mas reduziram para 9%. Por meio do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), as empresas, com base na inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), oferecem 6%.

As assembleias estão marcadas para o Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Belo Horizonte, Porto Alegre e Belém.

Segundo o sindicato, a proposta das empresas é considerada "aquém do aceitável pelo SNA e pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac) e não promoveria aumento real dos salários". Além do reajuste, os aeronautas também pedem melhorias nas cláusulas sociais, como mais folgas e plano de previdência privada, o que, conforme o sindicato, nem todas as empresas aéreas oferecem.

De acordo com o presidente do sindicato, comandante Adriano Castanho, os aeronautas optaram por não fazer paralisação, pois não representa benefício para a categoria nem para a sociedade, principalmente durante as festas de fim de ano e férias escolares. Ressaltou que, caso as negociações não funcionem, a categoria está preparada para suspender as atividades. "Esperamos que as negociações evoluam, que não cheguemos à paralisação. Estamos prontos para um movimento caso as empresas aéreas não cooperem"

Em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), responsável pela comunicação do SNEA, informou que a questão continua em negociação, mas que a proposta oferecida preserva integralmente o poder de compra dos trabalhadores, "mesmo em um período de continuada alta de custos e de dificuldades financeiras para o setor".