Brasil

Indonésia nega pedido de Dilma e brasileiro será executado

Por Redação 16/01/2015 15h03
Indonésia nega pedido de Dilma e brasileiro será executado
O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, está preso na Indonésia desde 2003, condenado por tráfico de drogas. - Foto: Reprodução

Em conversa por telefone, a presidenta Dilma Rousseff fez, nesta sexta feira (16), um apelo ao presidente da Indonésia, Joko Widodo, em favor dos brasileiros Marco Archer Cardoso Moreira e Rodrigo Muxfeldt Gularte, presos por tráfico no país. Marco deve ser executado neste domingo (18). 

Widodo respondeu que não poderia atender ao apelo de Dilma, apesar de compreender a preocupação dela com os cidadãos brasileiros. O presidente indonésio ressaltou que todos os trâmites jurídicos foram seguidos conforme as leis do país e que os brasileiros tiveram garantido o devido processo legal. As informações estão em nota divulgada pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República.

Dilma Rousseff lamentou profundamente a decisão de Widodo e disse que a execução do brasileiro vai gerar comoção no Brasil e terá repercussão negativa para as relações entre os dois países.

O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, declarou que a execução do brasileiro criaria uma "sombra" na relação entre os dois países.

Em princípio, para Marco Archer, a execução deve se dar à meia-noite de domingo, hora de Jacarta, e 3h da tarde na hora de Brasília", disse. Garcia disse ainda que esperar "que um milagre possa resolver essa situação"

Ele pode ser o primeiro brasileiro executado por crime no exterior. O outro brasileiro, Rodrigo Gularte, de 42 anos, também está no corredor da morte na Indonésia, por tentar entrar no país, em julho de 2004, com seis quilos de cocaína escondidos em uma prancha de surf.

A ONG Human Rights Watch informou que a Indonésia vai executar domingo (18), por fuzilamento, Archer e mais cinco prisioneiros também condenados à morte por tráfico de drogas.