De acordo com uma matéria publicada na edição desta terça-feira do Jornal Folha de S. Paulo, em novo depoimento o doleiro Alberto Youssef teria afirmado que o senador por Alagoas, e ex-presidente da república, Fernando Collor de Mello (PTB-AL), recebeu R$3 milhões em negócio da BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras.

Youssef já teria informado, durante depoimentos anteriores À força-tarefa da Lava Jato, que Collor recebia propina do esquema. A novidade são os detalhes sobre as transações.

Segundo o doleiro, os valores vieram de um contrato no valor de aproximadamente R%300 milhões entre uma rede de postos de combustíveis de São Paulo e a BR Distribuidora.

1% deste valor foi destinado ao senador Fernando Collor e pago em três parcelas de R$1 milhão em dinheiro vivo ao emissário do PTB, Pedro Paulo Leoni Ramos, que já foi ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos quando Collor foi presidente (1990-1992).

Em seu site oficial, Fernando Collor negou todas as acusações e taxou o deoleiro como sendo um réu confesso. "As referidas informações padecem de absoluta falta de veracidade e credibilidade, ainda mais quando recolhidas e vazadas de depoimentos tomados em circunstâncias que beiram a tortura de um notório contraventor da lei, agravados por suas condições físicas e psicológicas", escreveu o senador.

Collor reafirmou não conhecer Alberto Youssef e de jamais ter mantido qualquer tipo de relação política, pessoal ou empresarial com ele.