Renan Calheiros e Eduardo Braga são indiciados pela PF por corrupção e lavagem de dinheiro
O inquérito é parte da Operação Lava Jato e foi aberto em 2018

A Polícia Federal (PF) indiciou os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), além do ex-senador Romero Jucá (MDB-RR), por envolvimento em crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A acusação, que também inclui o empresário Milton Lyra, foi revelada pelo colunista Aguirre Talento, do UOL, e está ligada ao favorecimento da Hypermarcas, atual Hypera Pharma, em projetos no Congresso Nacional.
A investigação aponta que os senadores teriam recebido cerca de R$ 20 milhões em propina, intermediada por Milton Lyra, identificado como lobista do MDB. O pagamento teria ocorrido em troca de apoio em legislações que beneficiavam a Hypermarcas, especialmente em relação a incentivos fiscais, nos anos de 2014 e 2015. A empresa é responsável pela produção de medicamentos populares, como anestésicos e antibióticos, e buscava vantagens em projetos de lei que tramitavam no Congresso Nacional.
Além dos benefícios legislativos, a PF também revelou que Renan Calheiros teria indicado um nome para a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o objetivo de favorecer a Hypermarcas dentro da agência reguladora.
O inquérito é parte da Operação Lava Jato e foi aberto em 2018, após a delação de Nelson Mello, ex-diretor da Hypermarcas, que detalhou o esquema de propina por meio de contratos fraudulentos. Recentemente, a investigação avançou com o envio do relatório final da PF ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Edson Fachin. Agora, a Procuradoria-Geral da República (PGR) analisa o material para decidir se apresentará denúncia formal contra os envolvidos.
No caso de Romero Jucá, o processo foi encaminhado à Justiça Federal do Distrito Federal, já que o ex-senador não possui mais foro privilegiado. A investigação também se apoia em depoimentos de outros ex-executivos da Hypermarcas, como João Alves de Queiroz Filho, que confirmaram os pagamentos de propina a operadores ligados ao MDB para garantir vantagens à empresa em medidas provisórias no Congresso.
A PF ainda coletou provas documentais que corroboram os depoimentos, incluindo a ausência de prestação de serviços por parte das empresas envolvidas e ações diretas dos senadores para beneficiar a Hypermarcas em suas operações legislativas.
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