Edufal consolida nova fase de atuação no mercado editorial

Com a abertura de duas novas unidades, a Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal) consolida à frente da editora, a professora Stela Lameiras fala das expectativas desse novo projeto, dos desafios de fazer circular as produções acadêmicas dentro e fora da Universidade e da importância de levar a editora até os locais onde o processo de interiorização já estava acontecendo.
Em menos de um ano, a Edufal já lançou duas extensões naUniversidade. Quais os principais objetivos da Editora com essa expansão? Como anda a receptividade do público com a abertura da unidade do Sertão?
Stela Lameiras ─ Quando assumimos a direção da Edufal, em setembro de 2012, já conhecendo a necessidade de uma ação extramuros da Ufal, sobretudo diante da criação de novos campi e a instalação de Polos, pensamos em um Projeto Edufal Itinerante. Dada a distância maior do Campus do Sertão e considerando a acessibilidade mais difícil, começamos nossa caminhada por ali, levando em conta, também, as condições de favorabilidade, com a cessão de um espaço físico e mesmo de uma estrutura conjunta de funcionamento, graças ao apoio da direção daquele campus. E quanto à receptividade, podemos dizer de nossa grande satisfação com os frutos obtidos
Existem projetos para serem abertas outras extensões da Edufal?
Stela Lameiras ─ O Campus Arapiraca é nosso grande objetivo imediato, que conta com o apoio da direção e de muitos professores, que se dispõem a nos ajudar. Apenas pensamos que seria mais estratégico ir primeiro ao campus mais distanciado da capital. Depois, em conjunto com o professor Sérgio Onofre, diretor do Espaço Cultural, analisamos que já tendo um espaço físico destinado à Edufal, valeria a pena inaugurar a extensão da Edufal no Espaço Cultural, por várias razões: as atividades de extensão que acontecem ali, atendimento a um público que circula naquele local e que solicita nossos serviços.
A extensão da Edufal no Espaço Cultural tem um público-alvo ou pretende se estender a toda região central de Maceió?
Stela Lameiras ─ Na realidade, circula pelo Espaço Cultural um público bastante diversificado, que vai desde o acadêmico ao popular curioso e interessado, sempre atraído pela oferta de eventos culturais e artísticos. E ter a Edufal nesse Espaço de múltiplos interesses é muito positivo.
Como é o processo de publicação de títulos pela editora? Quantos livros foram e serão publicados este ano?
Stela Lameiras – Há o fluxo normal de propostas, a consulta ao Conselho Editorial para homologação das proposições e encaminhamento para Pareceristas ad hoc, sejam esses da Ufal ou de outras instituições de ensino superior de Alagoas e de outras localidades. Em ano de Bienal, a publicação tem uma logística diferente, por conta do edital específico. Mas a média de publicações anuais fica em torno de 80 novos títulos, a depender de alguns projetos específicos que venham a surgir.
A Edufal comercializa livros de outras editoras. Como esse trabalho é feito e como se dá a escolha dos títulos dessas editoras?
Stela Lameiras ─ Há um programa de distribuição do qual a Edufal faz parte, que é o Programa Interuniversitário para Distribuição de Livro (PIDL) cujo objetivo é o de divulgar e comercializar os livros produzidos pelas editoras associadas à Associação Brasileira de Editoras Universitárias (Abeu). Há, também, as consignações feitas com outras editoras, resultado de um trabalho constante de pesquisa e negociação via Fundepes, por meio do Prodec, um projeto da Edufal.
Qual a importância da realização dos Feirões de Livros?
Stela Lameiras ─ Claro que essa é uma ação que aproxima e muito os leitores das publicações. Mas, há outros efeitos também positivos, gerados pela compra do livro de preços mais acessíveis, de obras que pareciam "adormecidas" em um acervo e que saltam aos olhos em momentos assim. Nossos feirões, uma atividade que já havia antes de minha chegada à Edufal, têm se intensificado e a repercussão é sempre muito boa.
Como a Edufal contribui para o incentivo à leitura em nosso Estado?
Stela Lameiras – Acredito, e não vejo isso como pretensão, que a Ufal tem tido um papel relevante nesse sentido. Há lacunas, evidentemente, pois a Edufal tem uma linha editorial mais voltada para o saber acadêmico, para temas relacionados com a memória e a história. Sentimos nossa ausência na publicação de obras infantis, ensaios, poesias etc. Mas há sempre caminhos a se fazer... E é por aí que estamos indo, juntamente como Conselho Editorial, cujo papel é de grande importância nesse contexto.
Como funciona o incentivo à produção livros dentro da Universidade? E fora, há algum trabalho de parceria editorial sendo desenvolvido?
Stela Lameiras ─ Nosso incentivo é fazer ver a cada colega, docente, servidor, pesquisador que a Edufal está ali para todos nós. Vale registrar que a Edufal não tem recursos próprios para publicações; tentamos parcerias, participação de autores entre outras políticas que favoreçam a edição das obras que recebem Parecer favorável. Também trabalhamos com coedições, o que faz crescer o nosso trabalho, inclusive em traduções, nesse caso, intensificando uma política iniciada na gestão anterior e de grande receptividade.
A Edufal tem livros em formato digital? Vocês pretendem fazer esse tipo de lançamento?
Stela Lameiras ─ A mudança de formato do livro físico ao digital é uma prioridade, embora não tenhamos avançado muito nessa direção, diante de alguns limites que estamos tentando transpor. As ações estão sendo desenvolvidas para esse fim, pois o livro físico deve permanecer, mas é imprescindível a coexistência com o mundo digital. E a Edufal não vai ficar fora dessa convivência.
Em novembro, será realizada a 7ª Bienal do Livro. Qual o papel do evento no processo de formação cultural e educacional em nosso Estado?
Stela Lameiras ─ A realização de uma Bienal por uma Universidade pública é uma das bandeiras que orgulham nossa Ufal, não pela realização em si mesma, mas pelos efeitos positivos que isso traz para a comunidade acadêmica, alagoana e de outros Estados e para a sociedade em geral. É um evento de sucesso, que chega à 7ª edição com o reconhecimento do alagoano, dos órgãos parceiros, dos participantes, convidados ou visitantes.
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